Tóquio, 16 maio (Prensa Latina) O embaixador de Cuba no Japão, Carlos Miguel Pereira, denunciou hoje o reforço do bloqueio estadounidense contra a ilha e agradeceu a solidariedade do Governo e de amplos setores da sociedade civil do Japão neste sentido.
Por outro lado, realçou a crescente rejeição internacional que concita a decisão do executivo estadounidense de aplicar o título III dessa lei, suspenso de maneira sistemática pelas administrações anteriores.
O diplomata destacou as posturas condenatórias da União Européia e de governos como os do Canadá, Espanha, Alemanha, Itália, França, Reino Unido, entre outros, que têm reagido em defesa e apoio de seus interesses.
No caso do Japão, recordou um comunicado de imprensa do Governo japonês emitido no último dia 9 de maio, no qual reitera a postura histórica contra o bloqueio e seu extraterritorialidade.
Segundo a missão cubana no Japão, os assistentes mostraram interesse por conhecer mais sobre o impacto que pudesse ter a ativação desse capítulo sobre as relações econômicas entre os dois países e as empresas japonesas vinculadas à ilha.
Pereira enfatizou o caráter ilegal da Lei do ponto de vista jurídico cubano, que o considera inaplicável e carente de todo valor.
‘Seu objetivo não é outro que o de impor uma mudança de regime em Cuba pela via da asfixia econômica do país e da geração de dificuldades e carências internas e impor medo e incertezas entre os investidores estrangeiros presentes e futuros na ilha’, disse.
Recentemente, o Governo japonês expressou sua preocupação devido à ativação do Título III da Lei Helms-Burton, que permite demandar das empresas estrangeiras que operem em Cuba.
De acordo com uma declaração do porta-voz das Relações Exteriores, Takeshi Osuga, Tokio pediu cautela a Washington à hora de aplicar o capítulo.
O Japão considera que essa disposição legal estadounidense ‘pode constituir um aplicação extraterritorial da lei doméstica e pode afetar as relações econômicas estáveis de empresas privadas’.