Por sua vez, a China manifestou sua oposição às medidas unilaterais dos Estados Unidos que reforçam o bloqueio econômico, financeiro e comercial contra Cuba, ao enfatizar que constituem um obstáculo ao desenvolvimento socioeconômico e bem-estar do país caribenho.
Numerosas organizações de solidariedade refutaram na Bélgica o anúncio de Washington de começar a aplicar o Título III da lei Helms Burton, o qual consideraram uma nova violação do direito internacional.
Entretanto, um comunicado da Secretaria de Relações Exteriores do México assinala que ‘o Governo desse país lamenta a decisão dos Estados Unidos de aplicar pela primeira vez na história o Título III da Lei Helms-Burton’.
Este ato permitirá a cidadãos estadounidenses interpor demandas, a partir de 2 de maio, contra empresas que façam uso de propriedades confiscadas após o triunfo da Revolução cubana em 1959 e que ‘trafiquem’ com elas.
Estas reações seguiram-lhe às da União Européia (UE) e do Canadá, que vaticinaram ir as medidas legais se forem afetadas como resultado da aplicação do Título III.
A medida procura privar Cuba do investimento estrangeiro necessário para seu desenvolvimento socioeconômico, agredindo também seus sócios atuais e potenciais.
A UE e o Canadá reagiram mediante um comunicado conjunto, emitido pela alta representante para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Federica Mogherini; a comissária de Comércio, Cecilia Malmstrom; e a ministra das Relações Exteriores canadense, Chrystia Freeland.
Freeland precisou também que Ottawa está profundamente decepcionada pelo anúncio e revisará todas as opções para defender os interesses de seus nacionais que realizam negócios com Cuba.
Nos Estados Unidos, o presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes, Eliot Engel, considerou que a decisão de ativar o Título III da Lei Helms-Burton isolará Washington de seus aliados.
Na véspera, o secretário norte-americano de Estado, Mike Pompeo, anunciou que a administração de Donald Trump implementará por completo o Título III da controvertida Lei Helms-Burton contra Cuba a partir do próximo dia 2 de maio.
Mediante esse capitulo, cidadãos de Estados Unidos terão possibilidades cortar investimentos deste país a quem colocar recursos no território cubano em propriedades nacionalizadas depois do triunfo da Revolução em 1959.
Desde a colocação em vigor da Lei Helms-Burton em 1996, os presidentes estadounidenses, incluindo a Trump em 2017 e 2018, tinham suspendido a cada seis meses a possibilidade de apresentar reclamações ao amparo do Título III.