Panamá (Prensa Latina) A Covid-19 bateu seu próprio recorde de infecções no Panamá pela terceira vez em uma semana, registrando 2.447 novos casos nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde.
Diante dessa reviravolta vertiginosa, no início de novembro, as autoridades sanitárias adotaram sanções e medidas mais drásticas, como a prorrogação do toque de recolher e a aplicação da lei seca noturna nas províncias do Panamá e seu vizinho Panamá Oeste, os dois com maior incidência da doença no território nacional.
Outro indicador que aciona os alarmes é o número de mortes, com 146 nos últimos cinco dias, o que equivale a quase uma média diária acima de 20.
A estes se somam os internados, que somam 1.300, dos quais 173 em terapia intensiva, onde especialistas alertam sobre a disponibilidade de leitos, apesar dos critérios contrários das autoridades.
De acordo com relatórios epidemiológicos, os casos ativos aumentaram 21,6 por cento desde o mês passado, por isso o Ministério da Saúde está empenhado em aumentar o número de exames diários e para isso pretende instalar novos centros de esfregaço.
Na véspera, o Ministro da Saúde, Luis Francisco Sucre, se reuniu com Luis Campana, gerente do MiBus, e Héctor Ortega, diretor do Metrô do Panamá, para avaliar possíveis ações para evitar que o transporte público se transforme em meio de contágio.
Nesse sentido, Sucre recomendou a obrigatoriedade do uso de máscara facial, o que constitui um meio eficaz e complementar para prevenir a transmissão do SARS-CoV-2, causa da Covid-19, além de evitar conversas entre os usuários e lavar as mãos após sair do transporte.
A abertura da economia, o levantamento das restrições e o facto de 30 por cento dos diagnosticados serem assintomáticos são fatores de risco para aumentar as estatísticas, especialmente quando muitas pessoas violam as medidas de biossegurança e não percebem o perigo, referem as autoridades.
Na opinião de Jean Paul Carrera, epidemiologista do Instituto Gorgas Memorial de Estudos em Saúde, o Panamá nunca suprimiu a circulação do vírus, pois está em um patamar de alta transmissão e sem autocuidado, o que se espera é uma repercussão dos casos na comunidade
Até o momento, a nação centro-americana acumulou 185.424 positivos e 3.287 mortes, para uma letalidade de 1,8 por cento.