San José, (Pensa Latina) O Partido Popular de Vanguarda (PVP, comunista) da Costa Rica pede hoje a união do povo na luta contra a decisão do governo de retomar a negociação de um empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Quando foi noticiado em 17 de setembro, aquela primeira intenção de negociar com o FMI recebeu uma rejeição quase unânime de todos os setores do país aos novos impostos e à venda de ativos estatais que isso acarretaria, o que obrigou Alvarado a anunciar que seu governo não deu seguimento a essa proposta inicial e apelou a um diálogo nacional.
De 23 de outubro a 21 de novembro, representantes de cerca de 60 organizações de nove setores e do Governo realizaram 12 dias de trabalho para encontrar soluções para a crise econômica e social que a Costa Rica enfrenta, agravada pela pandemia de Covid-19. 19
A esse respeito, o PVP afirma que esse diálogo multissetorial ‘foi uma simples zombaria, a chamada tão burlesca quanto os resultados. Foi uma manobra simples, idealizada pelo presidente para dissipar o ‘rebuliço ideológico’.
Ele especifica que Alvarado chama de ‘rebuliço ideológico’ o justo protesto popular contra a ingerência, permitida e desejada, do FMI na condução da economia costarriquenha, que é nossa, embora alguns o esqueçam.
Assim as coisas, o presidente conseguiu o que queria, os burgueses não ligam para a zombaria, pois atingiram, indiretamente, seu nefasto propósito. E todos os fardos recairão sobre os pobres, aponta o PVP, em artigo publicado no jornal Libertad, órgão desse partido de Tico e assinado por seu secretário-geral, Humberto Vargas.
Eles discutem a solução para a crise fiscal, mas sem sequer pensar nos princípios mais elementares da humanidade, ele aponta e garante que ‘o capitalismo é desumano e os direitistas também. O FMI concentra a essência da ideologia desumana de todos os exploradores’.
Depois de indicar que o FMI será o novo patrão da Costa Rica e por isso dias difíceis e sombrios virão para a classe trabalhadora nacional, o PVP destaca que ‘a luz reaparecerá se o povo conseguir se unir e lutar por uma sociedade justa e decente ‘
Desta forma, os comunistas costa-riquenhos somam-se à aos sindicatos, deputados, grupos sociais e populares que rejeitam a negociação com o FMI, que o ministro da Fazenda Elián Villegas já anunciou que começará na segunda semana de janeiro próximo.