A carta revela que ‘o atual período de Nossa América se caracteriza por um avanço progressivo da extrema direita, expressado em governos de cortes neofascistas que estão ao serviço do imperialismo de Estados Unidos e das grandes multinacionais’.
Refere que governos, por meio de políticas e leis, vão limitando os direitos sociais, culturais e ambientais dos povos, o que se aprofunda em práticas de saque e despojo.
Aponta o texto que ‘a resistência que os povos mantêm em frente a estas ações violatórias da vida e dos territórios são perseguidas e reprimidas mediante práticas de guerra militar, ideológica e judicial promovida por todo o aparelho do Estado’.
Poderia ser dito, agrega a nota, que ‘Nossa América se encontra vivendo estratégias intervencionistas e de ingerência para exterminar aos povos e seus processos organizativos, limitando ou negando as garantias e a democracia’.
O movimento colombiano denuncia que o ‘assassinato, perseguição, mau trato e judicialização são ferramentas de agressão contra o movimento social e popular’.
A Coordenadora Nacional Agrária e o Congresso dos povos reiteram na comunicação sua rejeição ao ‘tratamento político e a montagem judicial que vem se apresentando por parte do sistema de justiça do Governo de Brasil contra nosso colega Lula’.
Recalcam sua solidariedade e fazem um chamado aos povos irmãos de Nossa América para exigir justiça e a libertação imediata de Lula, bem como de todas nossas presas e presos políticos.
‘Nossa luta tem mais sentido e é mais justa que os muros que nos impõem, sempre adiante em defesa da alegria e da esperança’, termina a carta remetida ao ex-governante brasileiro.
Desde 7 de abril de 2018, Lula cumpre prisão na sede da Polícia Federal de Curitiba, capital do estado de Paraná, por supostos atos de corrupção, que o ex-presidente nega em todo o momento.