Nações Unidas, 19 jun (Prensa Latina) O Comitê Especial de Descolonização das Nações Unidas analisa nesta segunda (19) a situação de Porto Rico, nação caribenha submetida a cinco séculos de dominação estrangeira, os últimos 119 anos por Estados Unidos.
Espera-se que o órgão estabelecido pela Assembleia Geral da ONU em 1961, com o objetivo de erradicar o flagelo do colonialismo, adote uma nova resolução que ratifique o direito da ilha à autodeterminação e a independência.
Apresentado por Cuba, com o co-patrocínio de vários países, entre eles Bolívia, Equador, Nicarágua, Síria e Venezuela, o texto demanda uma vez mais a Washington assumir sua responsabilidade e permitir que o povo borícua exerça plenamente essas prerrogativas.
Uma resolução similar foi aprovada no ano passado no Comitê Especial integrado por 29 países, a trigésima quinta desde 1972, todas ignoradas por Estados Unidos.
Hoje, o órgão presidido pelo embaixador venezuelano, Rafael Ramírez, escuta os argumentos de diversos dirigentes políticos porto-riquenhos, entre eles o independentista Oscar López Rivera, libertado oficialmente há um mês, depois da comutação de sua sentença em janeiro pelo então presidente norte-americano, Barack Obama.
López Rivera cumpriu mais de 35 anos na prisão nos Estados Unidos, 12 deles isolado, mas manteve sua firmeza na defesa da autodeterminação do povo borícua.