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sexta-feira, 7 novembro, 2025

Comissão da ONU confirma genocídio em Gaza; Israel pede sua dissolução

Um prédio completamente demolido em Gaza após os ataques brutais de Israel.

A Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU afirma que o regime israelense cometeu “genocídio” contra os palestinos na Faixa de Gaza.

Em um relatório divulgado na terça-feira, a comissão afirma que as autoridades e forças de segurança israelenses cometeram quatro dos cinco atos de genocídio em Gaza, de acordo com a definição estabelecida para o termo no direito internacional, usada oficialmente pela primeira vez pela comissão em seu relatório.   

A comissão da ONU enfatiza que Israel vem realizando esse processo há dois anos com o objetivo de exterminar os palestinos por meio da fome em Gaza. Nesse contexto, informou ter coletado 60.000 evidências nesse sentido.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) alerta que a expulsão forçada de moradores de Gaza para áreas superlotadas é “uma sentença de morte para um milhão de palestinos”.

O relatório, juntamente com as recomendações necessárias, foi submetido ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para uma decisão sobre o processo contra as autoridades do regime.

A presidente da comissão, Navi Pillay, que presidiu o Tribunal Penal Internacional para Ruanda (1999-2003) para julgar o genocídio naquele país, afirmou que “está claro que há uma intenção de destruir os palestinos em Gaza”. 

Israel rejeita relatório e pede dissolução da Comissão da ONU

No mesmo dia, o Ministério das Relações Exteriores de Israel, em um comunicado, acusou aqueles que compilaram o relatório de agirem como representantes do Movimento de Resistência Islâmica Palestina (HAMAS) e de manterem posições antissemitas.

“Israel rejeita categoricamente o relatório distorcido e falso e exige a dissolução imediata da Comissão de Inquérito”, disse o comunicado, descrevendo a investigação como um “relatório baseado inteiramente nas falsidades do Hamas”.

O documento da ONU foi divulgado um dia após a relatora especial da ONU para a Palestina, Francesca Albanese, revelar que o verdadeiro número de mortos nos ataques israelenses na Faixa de Gaza pode ser dez vezes maior do que o estimado.

O exército israelense lançou um ataque genocida na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, deixando pelo menos 65.000 palestinos mortos. Além da campanha militar, o enclave enfrenta a fome.

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