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quarta-feira, 19 fevereiro, 2025

Com187 votos a Assembleia Geral da ONU rejeita bloqueio a Cuba

Nações Unidas, 2 de novembro (Prensa Latina) A resolução apresentada por Cuba para solicitar o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos foi aprovada nesta quinta (02) pela Assembleia Geral com 187 votos a favor.

 O texto, apoiado pela trigésima primeira vez, recebeu dois votos contra (Estados Unidos e Israel) e um Estado-membro absteve-se (Ucrânia).

A resolução reconhece o cerco como o elemento central da política dos Estados Unidos em relação a Cuba há mais de seis décadas.

Os seus efeitos não cessaram um só dia e são conhecidos por 80 por cento da população da ilha que só conhece um país bloqueado.

Os danos causados ​​por esta apólice entre 1º de março de 2022 e 28 de fevereiro de 2023 totalizam quatro bilhões e 867 milhões de dólares.

Este número reflete o aumento das exportações cubanas, principalmente no sector do turismo; a perseguição implacável às operações bancário-financeiras do país; os custos da deslocalização geográfica do comércio; os efeitos na produção e nos serviços à população; bem como os obstáculos ao acesso às tecnologias avançadas.

No total, os prejuízos econômicos baseados nos preços correntes ultrapassam os 159.84,3 bilhões de dólares, já superiores a 1.337.000 bilhões tendo em conta o comportamento do dólar face ao valor do ouro no mercado internacional.

Os efeitos do compêndio de medidas ultrapassam os 405 milhões por mês, o que equivale a um milhão de dólares a cada duas horas.

O relatório apresentado à Assembleia Geral pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, reconhece a continuação desta política contra Cuba e a sua inclusão na lista de Estados patrocinadores do terrorismo como ações incompatíveis com um sistema internacional baseado no direito.

As ações dos Estados Unidos são uma manifestação flagrante do exercício do poder político e económico em clara violação dos direitos humanos, incluindo o acesso ao desenvolvimento.

Os efeitos destas disposições são tão óbvios quanto inadmissíveis de acordo com a Carta das Nações Unidas e os princípios do direito internacional, acrescenta o texto também disponibilizado aos Estados-membros.

Segundo o relatório, a situação no país caribenho apenas confirma a necessidade de desmantelar as medidas coercivas unilaterais, que prejudicam os direitos soberanos, a realização dos direitos humanos e a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Neste sentido, a ONU apelou aos países signatários da resolução para que mantenham os esforços para pôr fim à negação injusta do direito de Cuba à autodeterminação e ao desenvolvimento.

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