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segunda-feira, 28 julho, 2025

Com Lula, Brasil volta a sair do Mapa da Fome

Por Altamiro Borges

apesar da sabotagem ao “deus-mercado” – é só lembrar das declarações nojentas do empresário Ricardo Faria, o “Rei do Ovo”, contra o Bolsa Família –, o governo Lula obteve uma vitória extraordinária no combate às desigualdades. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) anunciou nesta segunda-feira (28), em Adis Abeba (Etiópia), que o Brasil não está mais no Mapa da Fome. Pelos critérios da ONU, o país ficou abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente.

“Sair do Mapa da Fome era o objetivo primeiro do presidente Lula ao iniciar o seu mandato em janeiro de 2023. A meta era fazer isso até o fim de 2026. Mostramos que, com o Plano Brasil Sem Fome, muito trabalho duro e políticas públicas robustas, foi possível alcançar esse objetivo em apenas dois anos. Não há soberania sem justiça alimentar. E não há justiça social sem democracia”, festeja o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. Os detalhes sobre essa conquista constam do relatório “O estado da segurança alimentar e nutricional no mundo – 2025”, lançado pela FAO durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, que ocorre na capital do Etiópio até 29 de julho na capital.

Bolsonaro desmontou os programas sociais

Conforme destaca o site do ministério, “a saída do Brasil do Mapa da Fome é resultado de decisões políticas do governo brasileiro que priorizaram a redução da pobreza, o estímulo à geração de emprego e renda, o apoio à agricultura familiar, o fortalecimento da alimentação escolar e o acesso à alimentação saudável. Esta é a segunda vez que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva retira o país dessa condição: a primeira foi em 2014, após 11 anos de políticas consistentes. No entanto, a partir de 2018, o desmonte de programas sociais fez o Brasil retroceder e retornar ao Mapa da Fome no triênio 2018/2019/2020”.

Nos dois anos de governo Lula, o Brasil teve reduções expressivas da insegurança alimentar grave e da pobreza. Os números nacionais da fome, captados por meio da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) nas pesquisas do IBGE, mostraram que, até o final de 2023, o país retirou cerca de 24 milhões de pessoas da grave insegurança alimentar. Já em 2024, a taxa de desemprego caiu para 6,6%, o menor imposto desde 2012; o rendimento mensal domiciliar per capita bateu recorde, chegando a R$ 2,020; e o índice de Gini, que mede a desigualdade social, recuou para 0,506 – o menor resultado da série histórica.

Desmentindo os detratores da cloaca burguesa

Para desmentir os detratores da cloaca burguesa, os programas sociais não acomodaram o povo brasileiro. Pelo contrário. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), das 1,7 milhão de vagas com carteira assinada criada no Brasil em 2024, 98,8% foram ocupadas por pessoas inscritas no Cadastro Único do Governo Federal. Entre os contratados, 1,27 milhão (75,5%) eram beneficiários do Bolsa Família.

Sair novamente do Mapa da Fome da ONU – no tempo recorde de dois anos –, é reflexo das políticas sociais do governo. “Essa vitória é fruto de políticas públicas eficazes, como o Plano Brasil Sem Fome que engloba o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Cozinha Solidária, a valorização do salário mínimo, crédito para a produção de alimentos pela agricultura familiar (PRONAF), incentivo à qualificação profissional, ao emprego e ao empreendedorismo, além do incremento da alimentação escolar. Todas as políticas sociais trabalhando juntas para ter um Brasil sem fome e soberano”, destacou Wellington Dias.

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