A equipe jurídica encarregada da defesa do ex comandante da outrora Forças Armadas
Bogotá, (Prensa Latina) A Defesa do ex negociador da paz Jesús Santrich exigiu hoje sua libertação, depois de sublinhar que completa 10 meses da injusta prisão acusado de um delito que nunca cometeu.
Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) assinalou em um comunicado que estão sendo vulnerados os direitos de Santrich, encarcerado desde o dia 9 de abril de 2018 a pedido dos Estados Unidos, que procura sua extradição.
‘Preocupa-nos que acima da paz, do devido processo e as garantias constitucionais, primem as pressões políticas dos nostálgicos da guerra’, apontou a declaração.
‘Solicitamos que lhe permita à Jurisdição Especial para a Paz (JEP) atuar em direito e da libertação das crescentes intimidações contra ele’, acrescentou o texto.
A defesa do ex combatente das FARC-EP assinalou estar segura que nunca chegarão provas a Colômbia que demonstrem a responsabilidade de Santrich no delito de narcotráfico que lhe imputa.
O comunicado da equipe jurídica tem lugar depois que a JEP outorgasse ontem um novo prazo de 20 dias à justiça estadounidense para que envie as supostas provas pelas quais acusa a Santrich.
De insólito e inverosímil foi catalogado aqui que o Ministério da Justiça da Colômbia informasse que o documento rogatório anterior, cujo prazo venceu no último dia 28 de janeiro, nunca chegou aos Estados Unidos porque se extraviou no Panamá.
Depois dessa explicação, a JEP deixou sem efeito o auto que tinha expedido, decretando o fechamento da prática de provas e o começo da etapa final das alegações da defesa de Santrich para avaliar lhe outorgar o benefício da não extradição.
Congressistas colombianos advertiram nesta semana que a aumento quanto à apresentação das supostas provas demonstra que não há elementos reais para culpar Santrich.
O partido Força Alternativa Revolucionária do Comum tem reiterado que confia plenamente na inocência de Santrich e que sua longa prisão é um ataque direto ao processo de paz.