Bogotá, 26 de maio (Prensa Latina) O partido da Força Revolucionária Alternativa Comum (FARC) solicitará formalmente hoje medidas cautelares à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em favor das pessoas que assinaram o Acordo de Paz.
De acordo com uma declaração dessa força política, muitos enfrentam extermínio sistemático, que já tirou 197 ex-guerrilheiros de suas vidas.
A organização política que surgiu do Acordo de Paz, assinada em novembro de 2016, solicitará medidas cautelares para a proteção dos mais de 10.000 ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias do Exército Popular da Colômbia (FARC-EP).
Na reunião virtual, membros das FARC, a Fundação de Direitos Humanos do Leste da Colômbia e o Comitê Permanente de Defesa dos Direitos Humanos exporão à delegação da CIDH a urgência de adotar medidas de precaução por parte do Estado colombiano, em favor dos ex-membros das FARC-EP.
Os ex-guerrilheiros estão seriamente ameaçados, como consequência de um extermínio sistemático contra os signatários do Acordo Final de Paz.
Tal situação evidencia que o Governo Nacional, por ação e omissão, não garantiu as obrigações contidas na Convenção Americana de Direitos Humanos, adverte a parte na declaração,
A reunião responde à solicitação feita em 22 de maio deste ano, data em que esta parte apresentou à CIDH o pedido de concessão de medidas cautelares em favor da população em processo de reincorporação.
Segundo o partido das FARC, desde a assinatura do Acordo, 197 signatários da paz foram mortos e 41 pessoas, membros de seus núcleos familiares, também foram vítimas de atos violentos.
No entanto, a maioria desses casos está em impunidade e não há dados oficiais sobre o andamento das investigações.
Nesse sentido, os membros do partido das FARC asseguram que a impunidade atinja o número escandaloso de 90%.