Colômbia nomeia seu primeiro embaixador no Estado da Palestina

De acordo com um decreto do Ministério das Relações Exteriores da Colômbia publicado nesta segunda-feira e datado de 22 de maio, “o Governo do Estado da Palestina aprovou a nomeação do Sr. Jorge Iván Ospina Gómez como embaixador extraordinário e plenipotenciário da Colômbia” no país árabe.

A medida foi registrada no Decreto 0548 de 2025, assinado pela Chanceler Laura Sarabia, e marca o início das funções diplomáticas da Colômbia em território palestino por meio de uma embaixada sediada em Ramallah.

Da mesma forma, esta nomeação representa um passo concreto na consolidação da política externa do presidente Gustavo Petro em relação à Ásia Ocidental, especialmente no fortalecimento das relações com a Palestina.

Ospina, que foi prefeito de Cali de 2008 a 2011 e de 2020 a 2023, declarou nas últimas semanas que o que está acontecendo na Faixa de Gaza é “genocídio” e que todos devem “condenar veementemente o horror”.

Reconhecimento da Palestina pela Colômbia ‘surpreende’ Israel | HISPANTV

O Ministério das Relações Exteriores de Israel expressou sua surpresa com a decisão do então governo colombiano de reconhecer a Palestina como um estado independente.

Petro, o primeiro presidente de esquerda na história da Colômbia, tem sido um crítico severo das operações militares de Israel na Faixa de Gaza e chamou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de um homem “genocida”.

Na segunda-feira, na rede social X, Petro denunciou: “Na luta pela vida, há meninas tentando sobreviver ao bombardeio de uma escola por (o primeiro-ministro israelense Benjamin) Netanyahu, o maníaco genocida. Há uma cumplicidade decisiva na produção desse horror nos Estados Unidos e na União Europeia.”

Após romper relações diplomáticas com Israel, a Colômbia anunciou que abriria uma embaixada em Ramallah, na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel, e há um ano rompeu relações diplomáticas com Israel, comparando-as às ações da Alemanha nazista.

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A Colômbia já havia apresentado uma declaração de intervenção no caso perante a mais alta corte das Nações Unidas, na qual a África do Sul acusou Israel de genocídio contra palestinos em Gaza e solicitou uma ordem para suspender os ataques.

Isso ocorre em meio à guerra genocida de Israel em Gaza, que deixou pelo menos 53.939 mortos, 122.797 feridos e mais de 11.000 desaparecidos, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.

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