Bogotá (Prensa Latina) O chefe dos porta-vozes governamentais nos diálogos com o ELN, Juan Camilo Restrepo, afirmou nesta quinta-feira (05) que prosseguirão as gestões para alcançar um acordo de paz com essa guerrilha colombiana, ativa há mais de meio século.
Em declarações à RCN La Radio, o ex-ministro assegurou que o Governo tem vontade para continuar os diálogos com o Exército de Libertação Nacional (ELN), atualmente paralisados.
Temos que ser positivos e otimistas, vamos fazer nosso melhor esforço para avançar no que queremos, que é uma paz negociada com esse grupo insurgente, manifestou Restrepo.
As duasEQUIPES
(Executivo-Insurgência) devem reencontrar-se em Quito, Equador, no próximo dia 10 de janeiro para adotar uma decisão em torno do início dos diálogos oficiais depois de um período de consultas internas.
No dia 30 de março passado, ambas partes anunciaram em Caracas, Venezuela, sua decisão de instalar uma mesa de acordo na capital equatoriana a partir de uma agenda de seis pontos pactuada em mútuo acordo.
Pouco depois o presidente Juan Manuel Santos condicionou o início das reuniões formais à libertação do ex-congressista Odín Sánchez, exigência recusada pelo ELN como requisito prévio às rodadas de discussões.
Tais posturas mantêm distanciadas as partes e paralisados os diálogos em busca de uma paz completa para a Colômbia após concluir de maneira exitosa o processo pacificador com as FARC-EP, principal grupo rebelde do país.
No último dia 24 de novembro, Santos e o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP), Timoleón Jiménez, subscreveram o pacto definitivo com o qual se comprometeram a terminar um longo conflito.
Enquanto a população, os guerrilheiros das FARC-EP e as Forças Militares apreciam os benefícios do cessar-fogo bilateral decretado desde o final de agosto, os moradores sofrem ainda os efeitos do conflito com o ELN, que tem solicitado ampliar o alcance do silêncio dos fuzis.
O máximo chefe desse último agrupamento, Nicolás Rodríguez, é partidário de instaurar um cessar-fogo trilateral a fim de favorecer as projetadas negociações, pedido descartado pela atual administração.
Ontem, as FARC-EP condenaram a ofensiva militar contra o ELN e pediram para avançar no processo de paz com essa organização.



