Bogotá (Prensa Latina) A Colômbia, em termos de frequência, seria o segundo país, depois de Myanmar, com o maior índice de mortes violentas por dia de protesto (uma morte a cada 36 horas), revelou nesta quinta (01) a Juridição Especial pela Paz ( JEP).
O JEP confirmou que, entre 28 de abril e 30 de maio, os danos a civis aumentaram 400 por cento, em comparação com os anos anteriores.
Em nota, especificou que esses prejuízos no contexto da greve nacional são evidenciados no aumento das ameaças de morte e assassinatos de ex-combatentes das ex-Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo e nos eventos massivos de deslocamento forçado.
Alertou-se sobre o surgimento de práticas de autodefesa e paramilitares para assustar as pessoas que participam de protestos sociais.
Se destacou que, nos dias de desemprego, há evidências em pelo menos 27 cidades, sobre o surgimento de ‘grupos de civis armados’ que reivindicam essas práticas.
O documento também enfatizou que a Unidade de Investigação e Acusação do JEP identificou 12 casos de violência sexual que afetaram os manifestantes e um que afetou uma policial durante a greve nacional.
Ele alertou que o prolongado desenvolvimento do protesto social no âmbito da greve nacional e a forma como as situações geradas pela mobilização nas ruas têm sido respondidas tem afetado o trabalho do Sistema Integral pela Paz (JEP, Comissão da Verdade e Unidade de Busca de Pessoas Desaparecidas).
Nesse sentido, denunciou ameaças com potencial para dificultar a participação efetiva nos processos desenvolvidos pelas entidades do Sistema no futuro.