Bogotá (Prensa Latina) Colômbia amanhece nesta terça (27/06), após mais meio século, com sua maior guerrilha totalmente desarmada, acontecimento que será celebrado num ato simbólico, no qual as FARC-EP deixará de ser um movimento rebelde.
O trascendental acontecimento terá lugar na zona veredal transitória do município de Mesetas, sul-oriental departamento de Meta, no qual irá estar presente o presidente da República, Juan Manuel Santos, e o líder guerrilheiro, Timoleón Jiménez, alias Timochenko.
No ato, previsto para se realizar em horas do meio dia, nele estarão presentes os membros do Secretariado das FARC-EP, outras autoridades do governo, da missão da ONU, a Cruz Vermelha Internacional e o mecanismo tripartito de verificação do cumprimento dos acordos de paz, além de uns 700 insurgentes.
A atividade de pleno simbolismo sucede à declaração de Nações Unidas ontem, que deu parte da entrega dos últimos fuzis do parque de sete mil e 132 armas pertencentes aos excombatentes das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia-Exército do Povo.
Ontem à noite o presidente Santos escreveu na sua conta Twitter: O #Abandono De Armas representa o início de uma nova Colômbia que avança para a paz. Agradeço a Mision ONU em Colômbia pelo seu apoio e seu labor.
Na própria rede social também anoto: Ganhou a razão, ganhou a vida. As FARC terminaram o processo de #Abandono De Armas, assim se conseguiu: #Viva A Vida.
Pelo mesmo conduto o comandante Timochenko, quem já encontra-se no acampamento transitório da insurreição na vereda de Buenavista, comento: Acabo de chegar a Mesetas, sente-se grande emoção e muita expectativa.
Nas três últimas semanas o grupo rebelde tinha deposto o 60 por cento de seu arsenal, em duas entregas de armas à ONU de um 30 por cento a cada uma. Nesta última segunda-feira, feriado em Colômbia, completou numa semana o 40 por cento restantes de entrega de sua pertrecho militar ao organismo internacional.
A missão das Nações Unidas informou que essas armas ficaram depositadas em seus contêiners, preparados especialmente para esse armazenagem, na cada uma das 26 zonas verdales, os que serão recolhidos dos acampamentos em 1 de julho, para demolerlos e edificar três monumentos com esse material em Havana, Bogotá e Nova Iorque, sede da ONU.
Estes últimos passos em torno do abandono das armas guerrilheiras estiveram precedidos por quase quatro anos de diálogos das FARC-EP e o governo colombiano na capital cubana, onde se atingiu no final de 2016 o acordo de paz que pôs fim a mais 50 anos de conflito armado interno