Pequim, (Prensa Latina) Chile reforçou neste domingo (14) sua aposta asiática com um discurso muito comprometido de sua mandatária, Michelle Bachelet, no Diálogo de Alto Nível da I Conferência da Faixa e a Rota.
Pouco depois de uma intervenção detalhada e com propostas concretas do presidente da China, Xi Jinping, sobre The Belt and The Road (OBOR), a Rota da Seda do século XXI, Bachelet ofereceu todo seu apoio e entusiasmo por estas ideias.
Se o chefe de Estado chinês fez alusões à Marco Polo e suas viagens, sublinhando que Roma não se levantou em um dia, em referência ao processo de OBOR, Bachelet se remontou 500 anos atrás pela descoberta de Hernando de Magalhães.
Foi então quando pôde ser confirmado que, efetivamente, o mundo era redondo e através do estreito que leva o nome do navegante português ligou a Europa com o Longínquo Oriente e permitiu a territórios como Chile verdadeiro protagonismo.
‘Em tempos de um crescente cepticismo sobre as economias abertas, OBOR é uma oportunidade para além das circunstâncias para trabalhar juntos para um desenvolvimento duradouro’, recalcó a dignitária do país austral.
Bachelet assinalou que vê na Faixa e a Rota uma iniciativa chave no processo de conectividade para o futuro sustentável, em especial na promoção de Acordos Regionais e melhora nos nexos Ásia-Europa, e também com América Latina e o Caribe.
Uma perspectiva de impulsionar portos, autopistas, terminais aéreos, túneis para dinamizar o comércio e ao mesmo tempo a competitividade e produtividade, argumentou a estadista sul-americana.
Opinou também que OBOR está chamado a converter no projeto de cooperação econômica mais relevante do planeta, como evidência o alto nível do encontro nesta capital com um significativo poder de convocação.
À frente de uma delegação que ademais cumpre uma visita de estado a China, Bachelet realçou a notável aproximação de Ásia e América Latina na última década e no caso particular do Chile como exportador de 50% de suas mercadorias a este continente.
Delas, um quarto de produtos chilenos vão dirigidos a China, com um volume a mais de 31 bilhões de dólares de intercâmbio graças a um pujante Tratado de Livre Comércio que já tem 11 anos de existência.
Na jornada inaugural do foro que concluirá amanhã, além de Xi Jinping e Bachelet, usaram da palavra o secretário geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, e os presidentes de Rússia, Vladimir Putin, e Turquia, Recep Erdogan.
Guerres, em particular, ofereceu o reconhecimento da ONU a este concerto no novo milênio da Rota da Seda, e não economizou palavras elogiosas para China em seus esforços pelo desenvolvimento da nação mais populosa do mundo.