Santiago do Chile, 22 fev (Prensa Latina) O governo chileno e a empresa americana Albemarle enfrentarão hoje uma arbitragem internacional pelo fracasso da transnacional em pagar ao Estado a venda de carbonato de lítio.
Pablo Terrazas, vice-presidente da Corfo, explicou que a empresa americana não pagou o valor total devido pela exploração do lítio das participações da empresa estatal chilena nas salinas do Atacama, razão pela qual quase 15 milhões de dólares não foram recebidos no ano passado.
A transnacional, por sua vez, rejeitou as acusações e argumentou que o litígio é desnecessário, pois cumpriu suas obrigações e a disputa pode ser resolvida sem arbitragem.
Não é a primeira vez que há problemas porque em 2018 e 2019 a Corfo esteve perto de entrar com uma ação judicial sobre a responsabilidade da Albermarle, como contratada, de vender até 25% de sua produção a um preço preferencial para promover a industrialização do lítio no Chile, mas finalmente chegou a um acordo.
Albemarle, o maior fornecedor mundial de lítio para baterias de veículos elétricos, é um gigante da indústria química com presença em mais de 75 países, e no Chile opera propriedades mineiras no Salar de Atacama e em um complexo industrial próximo à cidade de Antofagasta.
Em 2017 assinou um acordo com a Corfo para estender o contrato de exploração e aumentar a quota autorizada para a produção de lítio para 82 mil toneladas por ano para os próximos 27 anos, para os quais planeja expandir suas operações na fábrica de Antofagasta e construir outras instalações.