Santiago do Chile (Prensa Latina) Líderes dos povos indígenas do Chile criticaram a demora na aprovação da participação dos indígenas na Convenção Constituinte para a redação de uma nova Constituição.
Em declarações à Rádio Nuevo Mundo, Sonia Neyra, diretora da Associação dos Empresários e Profissionais Indígenas Leftraru, da Região de Coquimbo, destacou que para essas comunidades a participação política é importante e, mais do que um pedido, é uma exigência.
Ele alertou que o acordo de 15 nov de 2019, assinado por partidos de direita e de centro, não leva em conta mulheres, indígenas e independentes e aí reside o principal aborrecimento dos povos indígenas, que como sempre não foram considerados pelo Estado do Chile.
Por sua vez, Flora Normilla, assessora da Comunidade Colla da Região do Atacama, destacou que a participação política é uma das grandes demandas dos povos indígenas, mas está além do corpo constituinte.
Como disse, a questão não é só essa participação no órgão constituinte, mas também que os povos indígenas devem ter cotas protegidas no Parlamento, nos governos regionais, nos municípios, em todas as instituições onde há poder de decisão.