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quarta-feira, 9 outubro, 2024

Chanceler do Irã ironiza: de quem é a costa que navios dos EUA ‘protegem’ no estreito de Ormuz?

ORIENTE MÉDIO E ÁFRICA

Sputnik – O chanceler iraniano, Javad Zarif, repreendeu a Guarda Costeira dos EUA no Twitter, questionando a natureza de suas operações no golfo Pérsico e a razão pela qual seus navios estão operando tão longe da costa americana.

Em sua postagem, Zarif recordou quão longe de casa navegavam os navios da Guarda Costeira dos EUA em 10 de maio quando encontraram 13 embarcações armadas do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).

Exatamente de quem é a costa que vocês deveriam estar “protegendo”?

De acordo com a imagem do tweet de Zarif, a distância até a costa dos EUA é de 7.592 milhas, ou mais de 14 mil quilômetros, sendo, entretanto, de zero milhas até costa iraniana.

O encontro com as embarcações iranianas provocou duras críticas do Pentágono, que qualificou a aproximação iraniana de navios dos EUA, que atravessavam o estreito de Ormuz no dia 10 de maio, de “insegura”, ressaltando a “falta de profissionalismo” do país islâmico.

O comboio norte-americano enviado ao golfo Pérsico sob pretexto de conduzir patrulhas “de rotina” a fim de perturbar o transporte de “carga ilícita”, consistia de um cruzador de mísseis guiados, navios de patrulha da Guarda Costeira e do submarino de mísseis guiados USS Georgia.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, observou que apenas após serem disparados 30 tiros de advertência é que as lanchas iranianas partiram.

No entanto, a Marinha do Irã disputou logo depois as declarações de Kirby sobre os navios de guerra dos EUA que navegavam pelo estreito terem agido durante o incidente em concordância com o direito internacional, e chamou sua presença na região de “ilegítima”.

O estreito de Ormuz, que conecta o golfo Pérsico e o golfo de Omã, é um ponto estratégico por onde é transportada uma importante quantidade de petróleo com diferentes destinos. A região se converteu em um ponto de discórdia e instabilidade para o Irã devido à presença militar cada vez maior dos EUA com o objetivo de bloquear o transporte de petróleo persa.

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