Bogotá, 6 fev (Prensa Latina) O comandante das Forças Militares de Colômbia, general Juan Pablo Rodríguez, informou hoje que 65 mil soldados entre membros do Exército e a Polícia estão ocupando os territórios que deixa a desmobilização das FARC-EP.
O alto militar explicou que essas tropas serão despregadas de forma permanente nestes dias em 160 os municípios apartados do país, como parte do plano de estabilização e consolidação para garantir o controle institucional desses territórios.
Como parte do processo de paz lembrado pelo Executivo Nacional e as Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia-Exército do Povo, o objetivo da ocupação dessas zonas é para evitar que sejam tomadas por grupos criminosos, como chama o governo, ou por estruturas paramilitares, como lhes identifica a guerrilha.
Também se persegue o objetivo de prevenir o acionar do narcotráfico nesses territórios rurais ou ações de deslocações forçadas de povoadores por dispositivos ilegais.
Rodríguez acrescentou que dessa força mobilizada, 15 mil homens serão destacados nas cercanias das denominadas zonas de transição, onde a organização insurgente começará a depor as armas ante observadores das Nações Unidas para se incorporar depois à vida civil.
Durante as negociações entre o governo e a insurgência, que duraram quase quatro anos em Havana, as partes estabeleceram 23 Zonas Transitórias de Normalização e oito Acampamentos, cujo processo está em marcha atualmente com determinado atraso por problemas logísticos.
A cada zona transitória já estabelecida conta comEQUIPES do Mecanismo de Monitoramento e Verificação, que integram servidores públicos da ONU, as FARC-EP e o governo colombiano.
Nesses acampamentos, com acesso por estrada ou via fluvial; seus limites correspondem aos fixados para a cada vereda, os que podem ser ampliados ou reduzidos por acordo tripartite, dependendo do tamanho da localidade.
Em virtude da lei de anistia prevista, os integrantes das FARC-EP que se beneficiem com a anistia, e assim o desejem, poderão ser integrado às zonas transitórias para continuar o processo de reincorporação à vida civil.
As três partes trabalham também no estabelecimento de áreas adequadas adjuntas às zonas , onde serão albergadas guerrilheiras em estado de gestação e com filhos menores.