Emiliano José

Víctor Dreke, em Sagua, foi chefe da Zona Número 4, área de operações a cobrir desde Sagua até Corralillo.
Naquele momento, entre os anos 1959-1960, tratava-se de uma região onde eram frequentemente lançadas armas para os grupos contrarrevolucionários.
Tais armas chegavam através de la Playa de la Panchita, de Playa Uvero, de Carahatas e tantos outros lugares.
Isso ocorria por conta da caracterização sociológica da área.
Muitos latifundiários, gente com muito poder econômico.
E a proximidade das praias facilitava a chegada das armas.
Nessa tarefa, Dreke esteve até 13 de janeiro de 1960.
Depois, passa a dirigir uma escola de formação de milícias em Hatillo, onde eram preparados militarmente os companheiros cuja tarefa seria fazer a limpa de Escambray.
Qualquer revolução contraria interesses. Quanto mais, uma revolução como a cubana.
Embalada pelo apoio popular, a Revolução Cubana seguia tomando mais e mais medidas destinadas a favorecer ao povo, a acabar com os privilégios.
Claro, a partir daí, os remanescentes das classes dominantes se articulavam e se movimentavam tentando derrubar o governo revolucionário de modo a recuperar propriedades e restaurar privilégios.
Acreditavam nessa possibilidade.
Não tinham noção ainda da força da revolução.
Vinham, no entanto, de com força.
William Morgan, foi um comandante que lutou ao lado de Fidel e depois, cooptado pela CIA, de quem recebia dinheiro e armamentos para lutar contra a revolução. (Lester Cole/CORBIS via Getty Images)
Organizaram e armaram grupos contrarrevolucionários espalhados por toda a Ilha.
Nas cidades, iniciaram atentados, com uma série de incêndios e sabotagens, colocando fogo em grandes armazéns e fábricas.
Mais de 100 cubanos foram mortos em tais ataques nos primeiros anos da revolução.
Nas zonas rurais, os contrarrevolucionários armados foram se concentrando mais e mais na Serra de Escambray, no centro de Cuba.
Em 1960, dezenas desses grupos, conhecidos em Cuba simplesmente como “os bandidos”, nas áreas rurais, cometiam assassinatos e atos de sabotagem.
Queimavam plantações de cana de açúcar, atacavam centros de produção.
Ataques dos bandidos tinha um alvo preferencial: milhares de jovens espalhados pelos campos de Cuba.
Haviam se disponibilizado, atendendo à convocação do governo revolucionário, para ajudar na alfabetização do povo.
Voluntários.
Embalados pelos sonhos da Revolução Cubana.
Um deles, retirar a população do analfabetismo.
Classes dominantes cubanas, até ali, pretenderam manter o povo sem saber ler e escrever, de modo a garantir a continuidade da opressão.
O analfabetismo é sempre arma dos dominadores.
Esse movimento garantiu, ao final do ano de 1961, pouco menos de três anos após o triunfo da revolução, a eliminação do analfabetismo no país.





