Emiliano José
Não sai de minha mente aquela noche.
Victor e a esposa Ana Dreke (Reprodução de MRonline)
Casa de Víctor Dreke.
Agradável morada.
Em Playa, um dos municípios a constituir Havana.
Casa dele e da professora, doutora Ana Morales, vereadora por Playa.
Início de maio de 2025.
Chegamos lá a bordo do Lada de Jorge Ferrera, querido amigo e companheiro, sempre a me guiar por Cuba.
Já disse do guerrilheiro, o Lada.
Motor valente, inteiro.
O resto, nem tanto.
Carro do início dos anos 1980.
Quase meio século.
Um carro comunista.
Nem imagino como sobrevive.
Muita história pra contar, esse Lada.
Una noche mui agradável.
E se já falei sobre Víctor Dreke, agora vou revelar um pouco mais sobre ele.
Por tudo, merece alguma atenção.
Exatamente no dia do golpe de Estado de Batista, 10 de março de 1952, Dreke completava 15 anos.
Nasce em Sagua la Grande, província de Villas.
Se por acaso estiver repetindo, não tem importância.
O leitor não tem obrigação de voltar às páginas anteriores.
Família pobre, humilde, trabalhadora, no bairro de sugestivo nome: Pueblo Nuevo.
Uma casa pequenina, teto de palma, piso de terra.
O pai, vendia pescado no mercado.
Viveu muita dificuldade, sobretudo por não ter como arcar com os impostos cobrados pela atividade dele.
Víctor Dreke, e já contamos isso, não acolheu a resistência do pai ao envolvimento dele na luta revolucionária.
Dizia: negro não deve se meter em nada, só os brancos se valem da política, e nunca saem do poder.
_ Estoy aquí, revolucionario, porque no le hice caso a mim papá. Y siento que él no haya vivido más tiempo para ver que estaba equivocado.
Foto/ Retirado do Sputnik