A professora Carol Proner, da Associação de Juristas pela Democracia, avalia que o ministro Sergio Moro também deve explicações sobre processos de cooperação internacional, que resultaram na criação de uma fundação de R$ 2,5 bilhões, com recursos da Petrobras, que seria administrada pela força-tarefa de Curitiba.
“Acho que o Ministro Sérgio Moro terá de explicar à sociedade brasileira a razão de incluir, no Projeto Anticrime, a pretensão de dar autonomia irrestrita ao MPF para concluir acordos de investigação internacional para o combate à corrupção, incluindo intercâmbio de provas com autoridades de outros países, livres de forma especial e livre de controle externo”, diz ela.
“E também merecemos saber se o então juiz da Lava Jato ajudou a intercambiar provas com aqueles ‘congêneres’ (expressão do Projeto Moro) que instruíram os atuais processos contra a Petrobras, malgastando a imagem da estatal e gerando multas bilionárias em acordos de assunção de responsabilidade feitos com a intermediação do MPF de Curitiba”, aponta.