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quarta-feira, 18 setembro, 2024

Candidato da extrema-direita lidera as primárias da Argentina; Peronismo promete lutar

Com 94,01% do escrutínio na Argentina, o economista de direita Javier Milei, do “La Libertad Avanza”, lidera a corrida presidencial com 30,23% dos votos.

HispanTV – Em um resultado “surpresa” das eleições primárias, abertas, simultâneas e obrigatórias (PASO) realizadas no domingo na Argentina, Milei conseguiu superar o macrismo (Juntos pela Mudança), com 28,24% dos votos, e a coalizão pró-governo Peronista-Kirchnerista, Unión por la Patria, com 27,13%. Dessa forma, a briga nas gerais é entre esses dois jogos para ver qual dos dois entra na cédula contra Milei.

As pesquisas colocaram Milei, um economista que se define como um “libertário liberal” e que muitos comparam com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em terceiro lugar.

Depois de conhecer os resultados, o presidente Alberto Fernández, de sua conta X (anteriormente conhecida como Twitter), disse que “agora começa a verdadeira campanha em favor da democracia e dos direitos do povo. Vamos continuar unidos, defendendo a pátria e trabalhando, cuidando dos direitos do povo”.

Um especialista acredita que o governo de Alberto Fernández não tem muitas chances nas eleições presidenciais de 2023 devido à destruição da economia herdada do governo anterior.

Por sua vez, o ministro da Economia argentino e candidato do partido governista à presidência argentina, Sergio Massa, admitiu que o resultado das eleições primárias representa “um novo cenário, porque dividiu o cenário político argentino em terços”.

“Vamos dar nossa última gota de suor para vencer em outubro, vencer em novembro e continuar sendo o governo da Argentina”, enfatizou Massa. Da mesma forma, o presidenciável usou uma metáfora do futebol para arejar a militância. “É o fim do primeiro tempo. Temos o segundo tempo, a prorrogação e os pênaltis. Vamos lutar até ao último minuto”, acrescentou.

O que Milei propõe?

Em discurso após saber da vitória, Milei prometeu que seu espaço “vai acabar com a casta do kirchnerismo” no primeiro turno em outubro próximo.

Sua proposta mais conhecida é dolarizar a moeda, acabando com a desvalorização do peso. Também propõe fechar o Banco Central, privatizar empresas estatais e o sistema de aposentadorias e pensões.

Durante sua campanha, ele gerou polêmica ao sugerir que permitiria a venda gratuita de armas de fogo e até de órgãos humanos, mesmo sendo contra o aborto.

Ele também teve vários problemas com a imprensa e recebeu críticas por comentários misóginos e polêmicos, como considerar seus cachorros “filhos”.

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