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sexta-feira, 29 março, 2024

‘Caminho de vida para Aleppo’: primeira reportagem da cidade síria sitiada

© Sputnik/ Iliya Pitalev
O correspondente da RIA Novosti foi um dos primeiros jornalistas estrangeiros a chegar a Aleppo após o chamado ‘caminho da vida’ na cidade ter sido aberto, visitando as posições na parte sudoeste da linha de frente acompanhado por tropas especiais do exército sírio.
Bairro de Aleppo, Síria
© SPUTNIK/ ILYA PITALEV
Parada noturna não planejada
O exército e destacamentos da milícia bloquearam os jihadistas em bairros do leste e sudeste da cidade. No entanto, houve também relatos alegando que os extremistas tinham conseguido cortar todas as linhas de comunicação entre a cidade e o resto da Síria por três dias, sujeitando a estrada principal de Aleppo a fogo constante.
A nossa coluna parou em um posto de controle, perto do Aeroporto Internacional de Aleppo. Um oficial disse ao comandante do nosso grupo que hoje seria impossível entrar na cidade. Não havia nenhuma discussão possível. Nós estacionámos os carros e inspecionámos nossos alojamentos para a noite.
Síria. Soldados do Exército Sírio na linha de frente no sul de Aleppo
© SPUTNIK/ MICHAEL ALAEDDIN
Síria. Soldados do Exército Sírio na linha de frente no sul de Aleppo
A cidade de Aleppo
© SPUTNIK/ MIKHAIL VOSKRESENSKY
Desvio
Partimos de madrugada. Continuámos nosso caminho depois de alguma preparação rápida. Vários soldados viajavam em cada jipe, cientes de que na viagem poderia haver problemas a qualquer momento.
Depois de passado algum tempo nos arredores da cidade, a nossa coluna chegou a um impasse. O comandante ficou irritado com o guia que já se perdeu por duas vezes.
“Nós vamos ter que esperar até um guia mais experiente vir da cidade. Tivemos sorte por duas vezes, não vamos abusar da sorte pela terceira vez. Não estamos longe do inimigo e uma curva errada poderá nos custar nossas vidas”, advertiu o coronel.
Síria. Um edifício no bairro de Salahuddin, no sul Aleppo
© SPUTNIK/ MICHAEL ALAEDDIN
Síria. Um edifício no bairro de Salahuddin, no sul Aleppo
Frente do sudoeste
No início de agosto, os líderes de 15 grupos de combatentes criaram uma aliança e anunciaram uma operação em larga escala para tentar romper o cerco de Aleppo. Até 8.000 combatentes de províncias vizinhas foram mobilizados para Aleppo sob a liderança da Jabhat Fatah al Sham (anteriormente conhecida como grupo terrorista Frente al-Nusra).
“Àqueles que são considerados como moderados pelo Ocidente, se juntou há muito tempo a al-Nusra. Eles usam homens-bomba suicidas, carros-bomba e até foguetes com algum tipo de gás venenoso. Eles estão fazendo o seu melhor para tentar furar o bloqueio nos bairros orientais”, disse o coronel.
O exército sírio conseguiu repelir quatro ataques em grande escala dos combatentes nos últimos dez dias. Mais de 2.000 jihadistas foram abatidos e centenas de unidades de material destruídos, de acordo com dados da inteligência militar.
Um soldado do exército sírio na linha de frente perto da escola de logística militar no sul de Aleppo
© SPUTNIK/ MICHAEL ALAEDDIN
Um soldado do exército sírio na linha de frente perto da escola de logística militar no sul de Aleppo
Várias unidades de elite do governo, lideradas pelos oficiais mais experientes, foram colocadas na área para conduzir operações de combate. As tropas governamentais sírias deverão lançar um contra-ataque pela manhã.

http://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/20160810/6002922/siria-aleppo-guerra.html

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