La Paz, 6 nov (Prensa Latina) Mais de 300 trabalhos científicos de especialistas nacionais e internacionais serão expostos no Congresso Mundial de Camélidos, evento que acontecerá de 21 a 23 de novembro na cidade boliviana de Oruro.
Segundo explicou o reitor da Universidade Técnica de Oruro (UTO), David Ismael Rojas, até hoje contam com 80 artigos publicados sobre o tema por pesquisadores bolivianos e demais cientistas de países sul-americanos e asiáticos, que serão debatidos durante o evento.
Rojas comunicou que o Campo 3 de julho da Faculdade de Engenharia da UTO será a sede do Congresso, que receberá uma exposição de amostras de camélidos e de prendas de vestir confeccionadas com fibras destes animais, além de se apresentar uma mostra da gastronomia com base na carne de lhama.
Segundo dados oficiais, na Bolívia existem mais de dois milhões de tipos de lhama e 500 mil de alpacas.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) nomeou 2018 como o Ano Internacional dos Camélidos, que são o principal meio de subsistência de milhões de famílias que habitam os meios mais hostis em 90 países.
Estes mamíferos da Ásia, norte da África e América do Sul, se convertem em importante fonte de carne e leite, garantindo a alimentação diária, principalmente no extenso altiplano andino da América do Sul.
Além de contribuir com proteínas, as quatro espécies de camélidos da América do Sul – lhama, alpacas, vicunhas e guanacos – proporcionam fibras para a elaboração de roupa para as comunidades indígenas.
Também fornecem fertilizante orgânico que garante a produção agrícola de subsistência, além de ser um símbolo da identidade cultural das comunidades indígenas ancestrais.