A autoridade revelou à imprensa que este volume de hidrocarbonetos foi utilizado nas instalações de uma empresa privada de asfalto na cidade de El Alto, departamento de La Paz, sem que os envolvidos possuíssem a documentação correspondente para o seu manuseio e armazenamento. “Em companhia da Força Especial de Combate ao Narcotráfico, foi feita a apreensão correspondente ao procedimento de entrega aos Yacimientos Petrolófilos Fiscales Bolivianos (YPFB)”, disse Cari sem revelar o nome da empresa.
Acrescentou que, desde fevereiro deste ano, esta empresa privada apresentou as suas defesas a 0, ou seja, sem movimento.
Contudo, após uma fiscalização foi descoberto que armazenava 12 mil litros de combustível sem conseguir demonstrar como foi obtido nem a respetiva documentação.
“Vimos menos de três mil e 500 litros já consumidos e estamos bastante preocupados porque, apesar dos avisos, alguns administradores continuam a não cumprir a regulamentação”, lamentou o diretor nacional.
A Direção Geral de Substâncias Controladas iniciou um processo administrativo contra esta empresa, enquanto a Força Especial de Combate ao Tráfico de Drogas levou o caso ao Ministério Público para iniciar um processo judicial.
Este tipo de apreensões ocorre em momentos em que a oposição e sectores relacionados denunciam a escassez de combustíveis com o objectivo de criar a imagem de uma crise estrutural do Modelo Económico Social da Comunidade Produtiva do Governo.
No entanto, estas atividades ilícitas baseiam-se em subsídios aos combustíveis na Bolívia, ao contrário do que acontece nos países vizinhos, onde o preço é quase o triplo, fazendo do contrabando mais uma ponta de lança antigovernamental.