Nações Unidas, 27 de set (Prensa Latina) O bloqueio dos Estados Unidos a Cuba hoje gera a rejeição da maioria da comunidade internacional, como mostram as múltiplas afirmações feitas no debate de alto nível da Assembleia Geral da ONU.
A manchete, em seu discurso em vídeo ao maior órgão das Nações Unidas, enfatizou que os direitos soberanos dessas nações devem ser respeitados.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Belarus, Vladimir Makei, pediu o fim de ‘guerras comerciais, sanções financeiras e econômicas arbitrárias como instrumento de pressão política’.
A aplicação desses instrumentos ‘sufocantes’ de pressão sobre estados soberanos, mesmo sem olhar para a situação da pandemia Covid-19, traz uma ameaça especial e está repleta de consequências irreparáveis, Makei enfatizou em sua mensagem de vídeo.
A Belarus rejeita veementemente a prática de qualquer medida coercitiva unilateral nas relações internacionais, disse ele, destacando ainda que um exemplo notável de tais ações durante várias décadas é o bloqueio comercial, financeiro e econômico dos Estados Unidos a Cuba.
Desde o início do debate geral na ONU, em 22 de setembro, líderes de várias nações do mundo exigiram em suas intervenções virtuais perante o plenário da Assembleia o fim do cerco imposto por Washington a Cuba.
Altos dignitários da Costa Rica, Venezuela, Suriname, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia, Bahamas, Saint Kitts e Nevis e Trinidad e Tobago exigiram o fim do bloqueio dos Estados Unidos à maior das Antilhas.
Países africanos como Quênia, Namíbia, Burkina Faso, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Chade e Lesoto também levantaram suas vozes contra esse mecanismo; pequenas nações da Oceania como Tuvalu, Nauru e Ilhas Salomão; e estados asiáticos como Timor Leste, Vietnã e Laos.
Desde 1992, a Assembleia Geral da ONU aprova anualmente uma resolução condenando o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba e pedindo seu fim.
Apesar do apelo da comunidade internacional, o atual governo norte-americano de Donald Trump apertou o cerco e adota novas medidas para prejudicar a economia da ilha, além de atacar a cooperação dos profissionais de saúde cubanos.