Minsk, 26 jan (Prensa Latina) O atual presidente da Bielorrússia, Aleksánder Lukashenko, garantiu hoje que as eleições presidenciais que hoje se realizam são para o bem-estar do seu povo, sem levar em conta opiniões externas.
«O reconhecimento ou não destas eleições lá na União Europeia é uma questão de gosto. Para mim, o mais importante é que os bielorrussos reconheçam estas eleições e que terminem pacificamente, tal como começaram. “Isto é o principal”, disse o presidente depois de exercer o seu direito de voto na assembleia de voto localizada na Universidade Estatal de Cultura Física da Bielorrússia.
Neste contexto, o chefe de Estado descreveu a recente resolução do Parlamento Europeu onde ignoram a realização e os resultados das eleições na República como uma “curvatura às autoridades americanas”.
«A Europa só tem um caminho razoável, que consiste em seguir uma política soberana. Concordo com a Rússia, os russos estão dispostos a vender-lhe gás e outros recursos a preços baratos. “Se a Europa chegasse a um acordo com a Rússia, nem mesmo os Estados Unidos ou a China seriam capazes de lidar com esta unificação”, sublinhou Lukashenko.
Da mesma forma, acrescentou que Minsk está disposta a dialogar com as autoridades do chamado Velho Continente, como iguais.
Nunca renunciamos às relações com o Ocidente. Estávamos sempre dispostos. Mas eles não querem isso. Então, o que devemos fazer: curvar-nos ou ajoelhar-nos? Estamos dispostos a dialogar com a União Europeia, mesmo com aqueles que aplicaram uma política agressiva contra nós, argumentou.
Em relação ao conflito russo-ucraniano, o líder bielorrusso afirmou que a sua aspiração é pôr fim aos confrontos este ano.
“Este ano haverá algum tipo de resultado. Não estou dizendo que a guerra terminará e assim por diante. Provavelmente haverá conflitos por muito tempo. Mas haverá um resultado. A luz no fim do túnel vai aparecer este ano”, enfatizou o político.
A este respeito, sublinhou que os bielorrussos são apoiantes da paz na Ucrânia, no entanto, “temos de ter tudo em conta, incluindo a posição da Rússia”, sublinhou.
“Nem os Estados Unidos forçarão a Rússia, nem Trump é um idiota, nem um tolo, a forçar Putin. E se você fizer isso, será em seu detrimento. Não podemos ser pressionados ou desviados, temos os nossos próprios interesses, e Moscovo ainda mais. Mas não queremos a guerra, não queremos que as pessoas morram. Porque milhões morrerão”, reconheceu Lukashenko.
A Comissão Eleitoral Central da Bielorrússia notificou anteriormente que mais de 5.300 assembleias de voto estão operacionais, para receber cerca de 6,9 milhões de cidadãos inscritos nos cadernos eleitorais para exercerem o seu direito de voto. A votação terminará às 20h, horário local.
Os concorrentes na corrida ao cargo presidencial são o atual chefe de Estado, o presidente do Partido Liberal Democrata, Oleg Gaidukevich, a empresária Anna Kanopátskaya, o primeiro secretário do Comité Central do Partido Comunista, Sergei Syrankov, bem como o chefe do Partido Republicano do Trabalho e Justiça, Aleksánder Jizhniak.
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