Santiago do Chile (Prensa Latina) O Banco Central do Chile reduziu nesta segunda-feira (03) um ponto percentual de sua projeção de crescimento da economia do país para 2017, que seria entre cerca de um a dois por cento.
Em seu Relatório de Política Monetária (IPOM) apresentado nesta segunda-feira, a entidade financeira rebaixou a previsão que fez em dezembro de 2016, na qual apontava um crescimento do Chile entre 1,5 e 2,5 por cento para o ano em curso.
Antes já tinha feito uma redução, mas para acalmar os ânimos, o presidente do Banco Central, Mario Marcel, adiantou que para 2018 acontecerá uma recuperação da economia chilena com um nível de crescimento entre 2,25 e 3,25 por cento.
A greve de mais de um mês da empresa de mineração Escondida, maior produtora de cobre do mundo, antecipa-se com um impacto negativo nos números do primeiro trimestre de 2017 e é uma das causas da desaceleração no Chile.
Segundo o IPOM do banco, setores diferentes de recursos naturais, em particular aqueles unidos ao investimento em construção e os serviços relacionados, observaram um comportamento débil no período.
Referente aos 40 dias de greve da Escondida, sublinhou que não se espera ‘que este evento tenha repercussões significativas na evolução dos demais setores econômicos nem da inflação’.
No relatório, analisou-se a progressão dos preços do cobre, principal produto exportado pelo Chile, que chegaram a cair significativamente.
No entanto, as boas notícias apontam para uma melhoria sustentada em 2017 de até 2,55 dólares da libra e uma perspectiva de 2,50 em 2018, cifras razoáveis se mantiverem estabilidade no tempo.
A respeito do crescimento da economia em 2018, espera-se uma alta com relação ao ano atual e a possibilidade quase segura de chegar a três por cento.
O IPOM assinalou também que a taxa interanual de inflação se situará em níveis inferiores aos atuais (2,7 por cento), voltando aos três por cento no fim de 2017 e permanecendo em torno desse valor durante os dois próximos anos.
Quanto à Taxa de Política Monetária que neste momento registra três por cento, o emissor não descarta novas quedas.
A respeito, argumentou que a política monetária ‘continuará sendo expansiva e contribuirá um impulso um pouco superior ao previsto em dezembro’.