Pedro Augusto Pinho*
Procuro entender as razões pelas quais se dão os fatos. Por isso tenho recusado a entrar na disputa político partidária que, no entanto, é óbvia nas manifestações da mídia, nas ações e decisões da Procuradoria Geral da República (PGR), da magistratura e particularmente do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocupa boa parte das colunas e artigos sobre política e economia.
Um verdadeiro festim diabólico que o capital financeiro promove com a economia e a sociedade brasileira
Se meu caro leitor não for o coxinha a quem não restam neurônios, ou o ignorante representante da “classe média” a quem sobram preconceitos e medos infundados ou um participante do festim diabólico que o capital financeiro promove com a economia e a sociedade brasileira, verá que o golpe de 2016 não foi uma jabuticaba, como não o foi em 1964, nem o da Proclamação da República em 1889.
Todos estes movimentos seguiram o interesse do colonizador ou, em outras palavras, do sistema que dominava a política e a economia no universo em que o Brasil se inseria na época. E como este universo abrigava outros países, neles também ocorriam, com pequenos intervalos de tempo, golpes – quaisquer que fossem suas designações – com idênticos objetivos.O golpe de 1964, no Brasil, no Chile, na Argentina, no Uruguai e em outros países da América Latina, todos para o proveito do capital industrial estadunidense.
Hoje este sistema que domina a economia mundial (banca), tem as famílias proprietárias residentes nos Estados Unidos da América (EUA) 45% e no Reino Unido (UK) 25%.