Havana (Prensa Latina) O Ballet Nacional de Cuba (BNC) inaugurou nesta sexta (17) em Havana uma temporada da obra cimeira do Romantismo, Giselle, em versão coreográfica de sua diretora Alicia Alonso.
Junto ao Lago dos Cisnes, Giselle é o ballet mais cobiçado e demandado pelo público e os próprios bailarinos, quem consideram-no um sonho e um repto.
Alicia foi a primeira latinoamericana em encarnar a personagem e, de acordo com a crítica mundial, sua construção do papel segue sendo uma das mais acertadas.
A sala García Lorca do Grande Teatro de Havana Alicia Alonso acolherá a posta dois fins de semanas seguidos, os correspondentes a 17, 18, 19 e 24, 25 e 26 de fevereiro.
Com algo de lenda e toques de mistério, Giselle exerce um encanto sobre público e artistas que nem o passo do tempo atinge intimidar pois, uma técnica impressionante não é suficiente para encarnar o papel com reptos primordiais que aparecem por atuação e estilo.
A bailarina italiana Carlota Grisi, a primeira intérprete da personagem em 1841, cativou à audiência do século XIX em Paris e definiu alguns matizes que suas seguidoras se viram obrigadas a desenvolver depois, a cada uma segundo a personalidade particular e sem descuidar os requerimentos do Romantismo.
Segundo a crítica especializada, à versão cubana feita por Alicia distingue-se pela excelente montagem do drama, o carácter, a força e a comunicação entre todas as personagens.
Giselle conta uma história de amor, engano, loucura e vida para além da morte.
Alguns dos protagonistas da peça serão Viengsay Valdés, Sadaise Arencibia, Anette Delgado e Dani Hernández.
Como atraente da temporada, nos papéis protagónicos de Giselle e Albrecht debutarão Grettel Morejón, Patricio Revé, Raúl Abreu e Rafael Quenedit, enquanto Claudia García e Julio Blanes estrear-se-ão na Rainha das Willis e Hilarión, respetivamente.