© Fotolia/ Pressmaster
O anúncio foi feito pelo professor Andrei Simbirtsev, diretor-adjunto do Instituto de Pesquisas de Produtos Particularmente Puros da Agência Médico-Biológica Federal russa.
Este produto completamente novo, obtido graças a biotecnologias, se destina a tratar tumores malignos. O experimento espacial, durante o qual o produto foi obtido, se inscreve no âmbito dos ensaios pré-clínicos deste medicamento, que pode se tornar uma arma revolucionária na luta contra o câncer.
“O nome de trabalho do nosso produto é ‘Proteína de choque térmico’, pelo nome da principal substância utilizada. Esta é uma molécula que pode ser sintetizada por qualquer célula do organismo humano em resposta a vários efeitos do estresse. Os cientistas conhecem sua existência desde há muito, mas inicialmente se supunha que a proteína só podia proteger uma célula contra danos. Depois foi revelado que ela possui uma funcionalidade única: a de ajudar a célula a mostrar seus antígenos tumorais ao sistema imunitário, reforçando assim a resposta imunitária antineoplásica”, declarou Andrei Simbirtsev.
Ele precisou que a quantidade desta proteína no organismo é mínima, foi realizado um procedimento biotecnológico especial para sintetizá-la. O professor explica que o gene da célula humana responsável pela produção da proteína foi isolado e clonado.
“Depois nós criamos uma estirpe produtiva e forçamos a célula bacteriana a sintetizar a proteína humana. Tais células se reproduzem bem, o que permite obter uma quantidade ilimitada desta proteína”, explicou o cientista.
Ele notou que os pesquisadores da Agência Medico-Biológica Federal não só criaram esta tecnologia, mas também estudaram a estrutura da proteína e decifraram o mecanismo antineoplásico a nível molecular.
Ele acrescentou também que o medicamento foi testado em ratos sofrendo de melanoma e sarcoma. Uma série de injeções do produto levou na maioria a uma recuperação completa em todos os estádios.
“Podemos afirmar que a proteína dispõe da atividade biológica necessária para tratar o câncer”, acrescentou ele.
Andrei Imbirtsev acrescentou que os ensaios clínicos levam em geral dois ou três anos.