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Sputnik – Após a apreensão do avião presidencial venezuelano pelos Estados Unidos na República Dominicana nesta segunda-feira (2), o governo do país classificou o ato como uma nova forma de pirataria norte-americana. A aeronave foi levada para Miami após o confisco.
“A República Bolivariana da Venezuela informa à comunidade internacional que as autoridades dos Estados Unidos da América cometeram mais uma vez um ato criminoso que não pode ser qualificado de outra forma senão como pirataria, ao confiscar ilegalmente o avião que era utilizado pelo presidente da República, justificando suas ações com medidas coercitivas unilaterais e ilegais que impõem ao redor do mundo. Isso demonstra que nenhum Estado e nenhum governo constitucional está protegido contra passos ilegais que burlam o direito internacional”, diz o comunicado publicado pelo ministro de Comunicações, Cultura e Turismo, Freddy Ñáñez.
Conforme relatado pela mídia norte-americana, as autoridades do país apreenderam o avião do presidente venezuelano Nicolás Maduro e o transferiram para a Flórida. A alegação dos EUA é de que a aquisição foi feita em violação às sanções impostas ao país.
“Os Estados Unidos já demonstraram que usam seu poder econômico e militar para intimidar e pressionar países como a República Dominicana para que se tornem cúmplices de ações criminosas. Este é um exemplo da suposta ‘ordem baseada em regras’ que, ignorando o direito internacional, busca estabelecer a lei do mais forte, criar e impor regras que atendam aos seus interesses sem punição”, afirma a declaração do governo venezuelano.
A Venezuela também anunciou que reserva o direito de tomar qualquer medida legal para compensar os danos. Além disso, lembrou que não é um ato isolado dos EUA, mas uma escalada geral das ações contra o governo reeleito.
O avião presidencial é a segunda aeronave confiscada pelos EUA. Em 2022, um Boeing 747 da empresa venezuelana Empresa de Transporte Aéreocargo del Sur (Emtrasur) foi apreendido no aeroporto argentino de Ezeiza. Um tribunal local decidiu no início deste ano transferir o avião para os EUA.