O documento faz referência a um relatório apresentado pelo Minsa ao gabinete ministerial onde reconhece que, apesar das ações de isolamento, persiste o ‘aumento de casos’ em várias províncias, distritos e corregimentos.
O ressurgimento, que há duas semanas foi localizado em 23 corregimentos da capital, sua província vizinha Panamá Oeste e a central Veraguas, se estendeu também a outros da área metropolitana, Bocas del Toro no extremo noroeste, o oriental território de Darién e a caribenha comarca indígena Guna Yala.
Segundo informação oficial, ao menos 11 corregimentos desta cidade apresentaram ‘um aumento vertiginoso’, no entanto, somaram-se à lista outros seis onde o contágio foi controlado, mas duplicaram os positivos no período compreendido entre 31 de maio e 6 de junho.
Ontem, em declaração pública, as autoridades de saúde reconheceram que após três semanas da abertura do primeiro bloco de atividades sociais e de trabalho, ao qual se somou outro grupo no dia primeiro de junho, há um aumento no índice de contágio, que neste momento é de 1,44%, explicou Rodrigo DeAntonio, assessor do Minsa.
Recuperaram-se 10.561 cidadãos, assegurou nesta terça-feira Lourdes Moreno, diretora de Epidemiologia da instituição, em referência aos pacientes que recebem alta clínica, polêmico indicador assumido há um mês sem confirmação de ausência do vírus por teste de laboratório.
Em uma denúncia pública, a Frente Nacional pela Defesa dos Direitos Econômicos e Sociais (Frenadeso) disse que ‘a cifra não é fiável’ e expôs que os ‘falsos recuperados’ são potencialmente portadores do vírus e, ainda que sejam assintomáticos, têm a capacidade de contagiar outras pessoas.
A Frenadeso divulgou nas redes sociais uma tabela comentada com a informação oficial da pandemia, onde destacou que nos últimos 17 dias houve 103 mortes, também lembrou que o país ocupa a quarta posição da América Latina em mortes por milhão de habitantes (cerca de 100), também uma das mais altas taxas do mundo.