Santiago do Chile (Prensa Latina) O governo do Chile realizou várias ações para neutralizar a incidência de casos de portadores de HIV, que aumentou 66 por cento nos últimos seis anos no país austral.
A ministra de Saúde, Carmen Castillo, prometeu maior controle e facilidades nos exames, aumentar a distribuição gratuita de preservativos e um trabalho didático ampliado para melhorar o conhecimento da população sobre a doença.
Segundo a ministra, os cálculos assinalam que até o final deste ano o Chile terá cerca de 5.200 casos de HIV, que é o vírus trasmisor da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), número 79 por cento superior aos registrados em 2010.
O tema gerou duras críticas que abarcam os últimos governos chilenos. Os especialistas destacaram que o aumento dos casos de HIV seria porque a nação sul-americana não acolheu ao pé da letra as recomendações da OMS.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem uma pasta de orientações para evitar a expansão da AIDS, com resultados animadores em muitos territórios.
No caso do Chile, a agência das Nações Unidas considera que deve adotar uma estratégia de prevenção combinada com medidas educativas sobre o uso correto do preservativo, ao mesmo tempo que impulsiona exames para detecção do vírus entre os jovens.
O presidente da Corporação Aids-Chile, Carlos Beltrán, pronunciou-se a favor de redefinir as políticas públicas para prevenir a transmissão do HIV, criticando que não assumiram essa responsabilidade.
Do outro lado, o Ministério da Saúde (Minsal) assinalou que não descarta a possibilidade de permitir a venda de testes rápidos para detectar o vírus em farmácias.
Um grupo de especialistas deverá apresentar em outubro uma proposta sobre a viabilidade desta venda, depois de uma revisão da norma vigente e das possibilidades de comercialização.
‘Esta análise deve considerar que no caso de dar positivo o teste rápido, este não é definitivo e é preciso ter a confirmação do Instituto de Saúde Pública (ISP), por isso deve-se ter cautela’, explicou um servidor público.
Edgardo Vera, chefe do Programa Nacional de Prevenção e Controle de HIV/Aids e Infecções de Transmissão Sexual do Minsal, destacou que a pessoa HIV positivo deveria ser encaminhada à atenção de saúde.