Paris, (Prensa Latina) O governo do França decidiu estender um mês mais o debate nacional lançado para contrarrestar a crise dos chalecos amarelos, um movimento que a cada sábado continua os protestos em rejeição ao gerenciamento de Emmanuel Macron.
Os chalecos amarelos seguem exigindo mudanças importantes a nível nacional que gerem uma maior justiça social e fiscal, bem como um aumento do poder adquisitivo da população, uma melhora dos serviços públicos, e o fim de uma política governamental centrada em favorecer aos setores acomodados, segundo as denúncias.
As demonstrações também se encaminham recusar o debate nacional promovido pelas autoridades, pois o consideram um exercício estéril que não trará as mudanças necessárias.
O acordo lançado pelo Executivo começou em janeiro com a realização de reuniões a nível local, concebidas como um espaço para que a cidadania expressasse suas preocupações e se gerassem consensos em torno das prioridades nacionais.
Para o 15 de março estava previsto o fim do processo, mas o governo decidiu estendê-lo um mês mais, simultaneamente da persistente mobilização de chalecos amarelos.
O ministro encarregado de coordenar o acordo, Sébastien Lecornu, anunciou o adiamento do fim do debate e comunicou que o mesmo presidente será o encarregado do clausurar em abril.
Terminada a primeira parte de reuniões locais na sexta-feira última, se realizará nos próximos dias uma segunda fase com aproximadamente 14 conferências regionais.
‘As conferências cidadãs regionais serão oficinas participativas que terão lugar em uma jornada e meia, com intervenção de até 100 pessoas, segundo o tamanho da região’, precisou um comunicado.
O texto agregou que os participantes foram escolhidos a esmo e serão representativos da diversidade sociológica de cada região, quem ‘compartilharão suas expectativas e seu diagnóstico sobre os temas do grande debate nacional, e deliberarão entre eles para elaborar coletivamente proposições argumentadas’.
As conferências se apoiarão ademais nos principais resultados das contribuições cidadãos registradas na primeira fase.
Ainda que já está definido o calendário das próximas semanas, ainda falta por precisar que rastreamento o governo dará aos resultados do debate nacional e como esse acordo se traduzirá em eventuais transformações concretas.
Até agora se especulou a respeito da possível realização de um referendo cidadão, mas nenhuma fonte oficial o confirmou.