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domingo, 2 novembro, 2025

Ataques dos EUA no Caribe e no Pacífico: Petro questiona o silêncio

HispanTV – O presidente colombiano, Gustavo Petro, lamentou na sexta-feira a falta de pronunciamentos dos governos da América Latina e do Caribe a respeito dos ataques dos Estados Unidos a embarcações em águas do Caribe e do Pacífico. Essas ações foram condenadas pelas Nações Unidas (ONU) como violações do direito internacional.

“A ONU confirma o que eu disse: esses ataques violam o direito internacional humanitário. É lamentável que a América Latina e o Caribe permaneçam em silêncio. A integração não pode ficar só nas palavras. Cem anos de isolamento, e ainda assim, resistiremos”, declarou Petro em sua conta nas redes sociais.

A este respeito, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou as execuções extrajudiciais das pessoas a bordo dos navios e enfatizou que esses atos devem cessar, “independentemente dos alegados crimes”. Segundo suas declarações, mais de 57 pessoas perderam a vida em consequência dessas operações realizadas pelas Forças Armadas dos EUA.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou no mesmo dia que os ataques militares dos EUA contra embarcações no Caribe constituem uma violação do direito internacional.

A Anistia Internacional (AI) denuncia que os Estados Unidos estão perpetrando execuções extrajudiciais em seus ataques a supostos barcos de narcotráfico no Caribe.

Desde setembro passado, e sob o pretexto de combater o tráfico de drogas, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, enviou três destróieres, um navio de assalto anfíbio, um cruzador de mísseis, um submarino nuclear e cerca de 4.500 fuzileiros navais para a região.

No entanto, Caracas descreve essas ações como “uma agressão armada para impor uma mudança de regime” e alerta que o objetivo é “apoderar-se do petróleo, gás, ouro e todos os recursos naturais do país”.

Como parte da reação regional, a Reunião Parlamentar do Grande Caribe pela Paz foi inaugurada em Caracas na sexta-feira, reunindo legisladores de mais de uma dúzia de países com o objetivo de coordenar uma resposta conjunta à agressão militar dos EUA e reafirmar a defesa da soberania caribenha.

Da mesma forma, diversos setores do povo venezuelano se manifestaram em defesa da soberania e da autodeterminação do país, destacando a importância de preservar a paz em toda a região do Caribe.

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