Em exclusiva com Prensa Latina, o advogado cubano arraigado em Washington, assegurou que Posada guardava segredos sobre a Agência Central de Inteligência (CIA) que podiam implicar ao governo norte-americano em terrorismo de Estado.
De acordo com registros oficiais, o 6 de outubro de 1976, o vôo CU-455 de Cubana de Aviação partiu desde Guyana para Havana, via as ilhas de Trinidad e Tobago, Barbados e Jamaica.
Depois das explosões do C-4 implantado no avião por dois venezuelanos ao comando de Luis Posada Carriles e Orlando Bosh, morreram todos os passageiros: 57 cubanos, 11 guyaneses e cinco norcoreanos.
‘A evidência sobre a culpabilidade de Posada Carriles como autor intelectual do atentado é abundante’, expôs Pertierra.
‘Dantes de que o caso concluísse, Posada Carriles se fugiu do cárcere de San Juan dos Morros em Venezuela com a ajuda de seus amigos em Miami e em Washington’, recordou Pertierra.
Explicou que poucas semanas depois, e apesar de ser fugitivo com código vermelho de Interpol, a CIA contratou a Posada para que trabalhasse na operação conhecida como Iran/Contra na base militar de Ilopango, El Salvador.
‘Estados Unidos simplesmente não lhe fez caso a nossa solicitação de extradição ainda que a lei propõe que se a evidência mostra a suposta culpabilidade do acusado, teria que o deter com fins de extradição e o enviar a Venezuela’, expôs o letrado.
Assim mesmo, assegurou que os documentos recolhem a confecção de Hernán Ricardo sobre a subordinação dessa organização à CIA.
‘Posada Carriles assassinou a sangue frio. O que mais me impactou do expediente foi o relatório do médico forense de Barbados que descreve a condição em que se encontravam os restos de uma garota guyanese ‘, comentou Pertierra.