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quinta-feira, 28 março, 2024

Asilos e prisões na mira da Covid-19 no Chile

Santiago de Chile, (Prensa Latina) O aparecimento de focos de contágio em lares de idosos nos últimos dias e em uma prisão desta capital pela superlotação reinante deixaram hoje em alerta as autoridades e organizações sociais.
Na municipalidade capitalina de Ñuñoa, que se encontra em quarentena total há duas semanas, ao menos 18 adultos maiores residentes em um lar de idosos e um grupo de servidores públicos que os atendem foram contagiados com o coronavírus SARS-Cov-2, causador da Covid-19, reportou neste sábado a Rádio Cooperativa.

Em declarações a esse meio, o prefeito, Andrés Zarhi, assinalou que o surto foi originado numa cuidadora externa, porque -explicou- nestes centros alguns familiares às vezes querem reforçar a atenção de suas familiares próximos e contratam adicionalmente a pessoas para que cuidem deles.

O edil disse que dos 18 contagiados, 14 permanecem no lar e outros quatro, que apresentavam maiores complicações de saúde, foram levados a um centro assistencialista.

Dias atrás também se denunciou a situação de um lar de idosos atendido por uma corporação privada na comuna capitalina de Ponte Alta, onde vários adultos maiores resultaram contagiados com Covid-19 e permaneciam no recinto onde habitam outras 90 pessoas, o que motivo uma rápida intervenção da prefeitura.

Ao mesmo tempo, o diretor do Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH), Sergio Micco, crítico às más condições sanitárias na Prisão de Ponte Alta onde, segundo dados entregados pelo prefeito Germán Codina, tinha ao menos 18 internos e 25 servidores públicos infectados.

Micco, que registrou 23 internos e 26 gendarmes contagiados, pediu medidas urgentes ao governo assinalando que resulta inconcebível que só se façam cargo da emergência as duas enfermeiras, quatro paramédicos e um médico que integram a única equipe que atende a todos os reclusos do penal.

E ainda, denunciou que em uma cela na que tinha 70 reclusos, quatro estavam doentes.

Depois de várias denúncias sobre a situação sanitária no penal, a subsecretária do Ministério de Saúde, Paula Daza, disse que a autoridade sanitária tomou as medidas para poder conseguir o isolamento daquelas pessoas que estejam confirmadas com a Covid-19, e para os maiores de 60 anos que estão em risco de contágio.

Na sexta-feira, o prefeito Germán Codina, chamou às autoridades da Guarda Nacional e ao Ministério da Justiça a tomar medidas sobre o que qualificou de ‘superlotação extrema’.

Em declarações a uma emissora de televisão, Codina expressou que esta pandemia deve ensinar que ‘uma prisão não é um lixeira humana, mas um espaço onde a gente tem que pagar por algum crime, mas isso não pode levar a que continuemos aceitando em nosso país as condições em que estão os internos’.

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