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sexta-feira, 20 setembro, 2024

Argentina tomou providências rápidas de controle do Covid-19 e já começa a organizar o fim da quarentena e a retomada da sua economia.

Foto: Marcia Carmo/BBC 
Malu Alves
Lá a solução foi política. Aqui a desgraçada foi politica.
Lá escolheram certo. Aqui, erraram feio.
Bolsonaro chegou a ameaçar as eleições da Argentina que deram vitória a Fernández e Cristina.
“Bendita Esquerda!”, pensa o povo argentino agora.
Dilma lembrou o que era o Brasil, no seu governo: produzia aviões, tecnologia de ponta, plataformas, acelerador de partículas, satélites, engenharia de primeiro mundo… hoje não produz nem máscaras.
O golpe deu certo?
Sergio Moro, estes dias, foi dar palestra pra investidores da XP. Sobre o quê?
Economia?
Não. Sobre coronavírus.
Uma sumidade da corrupção, agora, sumidade da “inseminação” de doenças.
O Brasil se perdeu e, escolhendo tudo menos o PT, preferiu a estupidez.
Preferiu dar ouvidos aos que odiavam o SUS, as UPAS, o Mais Médicos, a Fiocruz, a Anvisa…
Fez pouco caso do cientista Nicolelis, mostrando o primeiro passo de um tetraplégico na Copa – um gol contra de estréia de mundial. Mas idolatrou o menino da bola, o 7×1 da Alemanha, a malandragem, mesquinharia e incompetência padrão FIFA.
O Brasil morreu no coração dos brasileiros, há 7 anos, quando o país estava na sua melhor forma.
Mataram o Brasil com um ódio que jamais será compreendido. Mataram tudo o que nos orgulhava. Nosso orgulho eram as conquistas do povo. Para cada conquista, um veneno, um despeito, uma crítica sem sentido.
Tudo o que a gente fazia não prestava, pra tudo o que a gente descobria, sempre tinha um deboche.
Declararam que o pré-sal não existia. Que a transposição de água pro sertão nordestino era uma lenda.
Riam, debochavam e iam destruindo nosso caminho.
Não falavam de nós, dos nossos prêmios, nossos recordes, nossas descobertas, nossos estudos, nossas conquistas.
Falavam do excepicional Moro “inseminando” filhadaputagem, onde ia.
Mostravam o cercadinho do Moro. Todos de verde-amarelo, pedindo morte a Lula, morte à Dilma. O apoio ao juiz que fala errado até hoje, escolhia a ignorância, comemorava a estupidez, valorizava a idiotia, endeuzava o mau-caratismo.
O Brasil matou o Brasil por 20 centavos, umas páginas enfezadas de internet, uma camisa de time, um boneco inflável, um adesivo pornográfico de tanque de combustível e uns vídeos toscos no whatsapp.
A promessa de ficar rico com a XP, levou o resto de inteligência a fazer sinal de arminha.
Sobrou um carro, um aplicativo e não sobrou mais nada.
O Brasil que produzia navios, sondas, pontes, portos e ferrovias transcontinentais, que exportava trabalho, conhecimento, expertise, trocou tudo pra dirigir o próprio carro pra enriquecer um aplicativo, lá dos States. Beijou a bandeira dos States. Lambeu os States. Entregou tudo pros States. E hoje, não tem nem máscaras, nem se comprasse.
O Brasil foi empurrado de um penhasco que diziam ser ponte. Jogado num buraco fundo que diziam ser futuro.
Mas o castigo não acabou ainda.
Os responsáveis pela tragédia, estão hoje dando consultoria. Entendem tudo de castigo, de fraude, de horror, de descaso, de ódio, de morte e continuam apontando suas armas pro PT. Segundo eles, o Brasil do PT que produzia de aeronaves à vacinas, de supercomputadores à cientistas de futuro, não pode mais voltar.
Há 16 anos, aconselham ser importante acabar com o PT, para que o brasileiro não tenha nem uma máscara de pano, se precisar respirar, nem um dinheiro, se quiser comer.
O Brasil se enganou e ainda não é tarde para se arrepender disso, se organizar, tentar se proteger, ouvir quem sempre teve a razão, se quiser sobreviver.
Toda a “direita” que finge sobriedade, só agora, é culpada de tudo que não quer admitir.
Não quis admitir a derrota de 2002, 2006, 2010, 2014 e perderia em 2018, não fosse um bocado de mentiras.
O Brasil não pode mais se enganar com essa direita que odeia o Brasil de morte.
O Brasil precisa de máscaras, não de golpistas mascarados. “

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