O filme Os sonâmbulos reportou galardões como o Coral de Guion a Paula Hernández e o Prêmio de Atuação Feminina à extraordinária atriz argentina Érica Rivas, enquanto o masculino recaiu no também muito versátil ator e compatriota, Luis Brandoni, por seu trabalho na odisea dos giles e O conto das doninhas.
Paradoxalmente, nesta última fita (do diretor Juan José Campanella) interpreta a um ator deficiente que cala com maestria no coração do espectador e junto a seus colegas Oscar Martínez, Graciela Borges e Marcos Mundstock tece uma deliciosa tragicomédia que conquistou o Prêmio Coral do Festival.
Também de Argentina resultaram laureadas Desde o apocalipse, de Sebastián Dietsch (Guion inédito); Anos curtos, dias eternos, de Silvina Estévez (Pós-produção); Romance da ternura tardia, de Ana Bugni (Prêmio Especial júri de curta-metragem documentário) e As boas intenções, de Ana García Blaya (Coral Especial do Júri).
O outro país mais nomeado foi Brasil por ganhar corais Héléne Louvart (Fotografia) da vida invisível de Eurídeze Gusmão e, desse mesmo filme, Rodrigo Martirena (Direção Artística).
Igualmente de Brasil triunfaram Mateus Alves e Tomaz Alvez (Música Original) da fita Bacurau; Sergio Mekler e Laura Marques (Edição) de Três verões; e Maíra Santi Bühler (Coral Especial do Júri, Documentário) por Diga-lhe a ela que me viu chorar.
Três audiovisuais brasileiros levaram os prêmios de Animação: Cidade dos Piratas, de Otto Guerra (Longa-Metragem); Carne, de Camila Kater (Curto) e Sangro, de Tiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto BR (Coral Especial do Júri).
Eduardo Cáceres obteve o prêmio de Som por seu trabalho na Llorona e a cubana Diana Carmenate o de Cartaz por Olga.
De Cuba receberam reconhecimentos ademais Agosto, de Armando Capo (Ópera Prima); Flying Pigeon, de Daniel Santoyo Hernández
(Curta-metragem ficção) e A média voz (Coral de Longa-Metragem em Documentário), de Patricia Pérez Fernández e Heidi Hassan (co-produção Cuba-Espanha-Suíça-França).
Outro filme distinguido com mais de um prêmio foi o chileno Algumas Bestas (Coral Especial do Júri, Ficção), de Jorge Riquelme, quem se levou o lauro de Direção.
Por sua vez, O Príncipe, de Sebastián Muñoz (Chile) conseguiu o Coral à Contribuição Artística; O tamanho das coisas, de Carlos Felipe Montoya (Colômbia), se lançou com o Prêmio Especial do júri de curta-metragem ficção e, do próprio país, Arde a terra, de Juan Camilo Olmos, obteve o Coral de curta-metragem documentário.
Neste ano, o júri do Prêmio SIGNIS falhou em prol de Os lobos, de Samuel Kishi Leopo, de México (co-produzido com Estados Unidos); e o de FIPRESCI decidiu-se por Blanco em Blanco, de Theo Court, de Chile (co-produzido com Espanha).
A edição 41 do Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano projetará filmes até o 15 de dezembro, nas salas desta capital.