29.5 C
Brasília
sexta-feira, 6 dezembro, 2024

Após levante, Venezuela prende 27 militares

© AFP 2018 / Yuri Cortez

Um grupo de 27 soldados rebeldes ensaiou um motim contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas nesta segunda-feira (21). O levante, contudo, foi rapidamente contido após os rebeldes publicarem um vídeo na internet pedindo apoio.

“Somos a tropa profissional da Guarda Nacional contra o regime, que repudiamos completamente. Preciso de sua ajuda, vá para as ruas”, disse um homem que se identificou como sargento do grupo em um vídeo publicado nas redes sociais.

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, divulgou uma declaração pouco depois dizendo que os soldados foram presos.

Antes do ataque a um centro de comando da Guarda Nacional no norte de Caracas, onde foram capturados, eles atacaram outros dois postos de segurança, pegando quatro prisioneiros e fugindo com “armas de guerra”, segundo o comunicado.

“Durante a prisão, armas roubadas foram recuperadas e [os amotinados] estão fornecendo informações úteis aos serviços de inteligência e ao sistema de justiça militar”, acrescentou Padrino, que disse que os rebeldes “enfrentarão a força total da lei”.

O braço direito de Maduro e chefe da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, disse que 25 soldados foram presos no local, e outros dois foram detidos em outro lugar.A Suprema Corte, que é dominada por partidários do regime, mais tarde mirou na Assembleia Nacional, controlada pela oposição a maduro. O Supremo afirmou que o órgão é ilegítimo e suas decisões, inválidas.

Na semana passada, a Assembleia Nacional disse que Maduro era um “usurpador” do poder e ofereceu anistia aos membros das forças armadas e do governo caso eles rompam com o presidente.

“Eles já estão confessando detalhes e a primeira coisa que disseram foi que eles receberam ofertas de casas e castelos, mas foram deixados sozinhos, eles foram enganados. Nós venceremos”, acrescentou Cabello sobre os rebeldes, sem especificar quem alegadamente fez a oferta.

As forças armadas dispararam gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que se reuniram do lado de fora do posto de comando onde os soldados foram detidos. Manifestantes batiam panelas e bloquearam ruas.

“Se eles se unirem ao nosso país, estamos com eles, vamos ficar nas ruas. Liberdade!” gritou uma mulher. “Queremos que Maduro vá embora, estamos fartos”, acrescentou um homem.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS