Santiago do Chile, (Prensa Latina) A aprovação à gestão do presidente do Chile Sebastián Piñera chega a 17%, a mais baixa desde o início da pandemia de Covid-19 no país, indica a pesquisa Plaza Pública, divulgada hoje.
Essa sondagem da consultora Cadem, reconhecida como próxima ao governo, indica que nas últimas duas semanas o apoio ao mandatário teve uma queda vertiginosa de 10 pontos percentuais.
No entanto, o nível de reprovação se elevou seis pontos para se situar em 71% da cidadania.
Segundo detalha o estudo, entre 26 de junho e esta medida, significativamente as quedas mais pronunciadas da aprovação ao presidente foram entre as pessoas maiores de 55 anos (-22%), aqueles que se identificam com a direita (-16%) e entre quem votaram por Piñera nas eleições presidenciais (-17%).
Diferente de outras pesquisas anteriores em que as flutuações na popularidade do presidente vão bastante casadas com as do gabinete, nesta edição da Plaza Pública, apesar da forte queda do mandatário, o apoio ao governo se mantém estável, com 27% de apoio e 63 de desaprovação.
Ao parecer, esses resultados correspondem à grave situação do país intensificada pela pandemia de Covid-19 e a percepção de que as respostas do governo para ajudar a população chegaram tarde ou são francamente insuficientes.
Nesse sentido, a pesquisa reflete que 70% dos interrogados viram uma perda significativa na renda de suas moradias nos últimos três meses, 49% diz que alcança justamente para chegar ao final do mês e 41 diz ser insuficiente.
Quanto ao plano de ajuda à classe média, anunciado pelo governo recentemente e qualificado em amplos setores políticos e sociais como tardio e insuficiente, só 19% avalia positivamente, enquanto 43% qualifica como ruim ou péssimo, e 36% como regular.
No mesmo sentido, 59% respondeu negativamente à pergunta de se foi beneficiado ou acha que será beneficiado por alguma das medidas do Estado contra a crise do coronavírus.