Como recordou, o chamado ouro preto representa mais de 60% da receita tributária do estado angolano e cerca de 90% da captura de moeda estrangeira para exportação, daí o escopo dos eventos.
Segundo o dignitário, o declínio do petróleo teve incidências palpáveis na redução das reservas fiscais, na deterioração cambial da moeda nacional, na diminuição da capacidade de pagamento da dívida externa e na execução de vários planos produtivos e sociais.
Lourenço abordou a questão em diálogo com acadêmicos, empresários, líderes religiosos, jornalistas e outros representantes da sociedade civil, em um apelo à busca de alternativas para diminuir os danos e delinear estratégias pós-Covid-19.
Segundo ele, na situação atual o estímulo à produção nacional é mais relevante, com vistas à geração de empregos, à auto-suficiência no fornecimento de alimentos básicos, na redução de importações, na melhoria das condições de vida das famílias e na diversificação das exportações.
O governador solicitou a ajuda de ‘todos que desejam contribuir’ com seu conhecimento e inteligência para acelerar a transformação estrutural da economia nacional, o que deve se traduzir em uma maior captação de recursos não petrolíferos.
Apesar dos casos esporádicos de transmissão local do Covid-19, Angola continua sendo um dos países menos afetados pela pandemia, disse o presidente, que distinguiu a entrega gratuita de itens de alimentos e higiene às famílias mais vulneráveis, incluindo minorias étnicas.
Os dados oficiais indicam um total de 77 casos positivos, incluindo quatro óbitos, 18 recuperados e 55 pacientes em atendimento hospitalar.
Até agora, as infecções por transmissão local de virose são limitadas à província de Luanda, mas todo o território nacional está sujeito a restrições sanitárias devido à Situação de Calamidade Pública, decretada pelo executivo.