Luanda (Prensa Latina) Angola anunciou que deixará de exportar em julho blocos de mármore e de granito em bruto como parte da estratégia de diversificação económica hoje em marcha no país para reduzir a dependência dos rendimentos petroleiros.
Tal passo será possível pela posta em exploração de duas unidades de corte e polido das rochas na surenha província de Namibe, explicou o vice-governador para a esfera económica desse território, Alcides Cabral.
Assim acrescentamos valor aos produtos, que passam a ser exportados como bens acabados ou semiacabados e por valores mais elevados, o que tende a trazer novos equilíbrios para a balança de pagamentos e a captação de divisas no estrangeiro.
‘Se não acabamos, ao menos vamos reduzir a exportação de nosso granito e nosso mármore como matéria prima em blocos e passar a exportar como materiais de construção ou como produtos semiacabados para aplicação na construção civil, nas obras públicas e para outros usos’, disse o servidor público.
A Direção de Indústria, Geologia e Minas da província de Huíla anunciou em meados de maio que as exportações de 10 empresas licenciadas para exploração de rochas ornamentais duplicaram-se em 2016 em frente a 2015, ao atingir 42 mil metros cúbicos contra 23 mil no ano anterior.
Também os rendimentos quase duplicaram-se ao passar de quatro milhões de dólares a 7,22. As colocações realizaram-se em países de Europa e Ásia.
No mercado interno, os produtores obtiveram 678 milhões da divisa estadunidense (à mudança oficial de 1 USD=166 kwanzas) pela venda de cinco mil metros cúbicos de granitos.