Luanda, 4 fev (Prensa Latina) Angola celebra hoje o início da luta armada contra o colonialismo português, há 58 anos, com a esperança de que incentive entre as novas gerações os sentimentos patrióticos em vias da busca do desenvolvimento.
Com paus, facões e outras armas brancas, cerca de 200 homens liderados pelos nacionalistas Paiva Domingos da Silva, Francisco Imperial Santana e Cónego Manuel das Neves atacaram a casa de detenção e a prisão de São Paulo, nesta capital, para libertar os presos políticos ameaçados de morte.
O presídio da Polícia de Segurança do Estado (PEDE-DSE) foi assediada pelos nacionalistas para libertar outros companheiros presos por reivindicar a causa da independência nacional.
A resposta brutal do regime não se fez esperar ao reprimir inocentes por todo o país, o que catalisou a luta armada dos três movimentos existentes de então: o triunfante Movimento Popular para a Libertação de Angola, a União Nacional para a Independência Total de Angola e a Frente Nacional de Libertação de Angola.
A ação não foi coroada então pelo êxito. Morreram aproximadamente 40 nacionalistas, seis policiais e um cabo do exército colonialista, além das múltiplas detenções na cidade e em outras partes do país, a colônia mais apreciada pelos portugueses.
Embora não tenham anunciado atos oficiais pela data, espera-se que no Museu da História Militar, a antiga Fortaleza de São Miguel, se produza o hasteamento da bandeira-monumento em homenagem aos participantes, alguns deles vivos.
A bandeira-monumento é alçada somente em ocasiões especiais, como no Dia da Independência (11 de novembro de 1975), pesa 40 quilos, tem 18 metros de comprimento por 12 de largura e se ergue sobre uma haste de 75 metros de altura, o que a torna visível a partir de toda a região baixa da cidade.
Como parte das homenagens, amanhã o acadêmico e ex-vice-ministro da Cultura, Cornelio Caley, oferecerá uma conferência no Museu da História Natural sob o título A importância do 4 de fevereiro, data de início da luta armada de libertação nacional para os angolanos.