Luanda, (Prensa Latina) Angola aumentará as designações à educação em até 20 por cento do orçamento geral do Estado em 2022 buscando a qualidade do ensino.
O ministro de Estado para o Desenvolvimento Econômico e Social Manuel Nunes Júnior adiantou que o país construirá cerca de cinco mil escolas para pôr fim ao problema de crianças fora do sistema de ensino.
Em Angola estudam aproximadamente 10 milhões de crianças, adolescentes e jovens, porém, mais de dois milhões encontram-se sem aulas ou sem professores.
Essa questão deve ser encarada como um desafio a ser enfrentado e superado com êxito, explicou Júnior.
Ao falar sobre os avanços, afirmou que o sistema educacional passou a atender de 2,5 milhões de alunos em 2002, com a conquista da paz, a quase 10 milhões no presente ano letivo, que começou em fevereiro passado.
Em 2000, a taxa de analfabetismo era superior à metade da população adulta, e em 2014 – segundo os dados do censo de população e moradias – foi de 34 por cento, assegurou.
Durante o encontro de cinco dias, os participantes defenderam o aumento da qualidade na formação de professores como única via para melhorar o sistema de ensino, o que exigirá também um aumento em sua remuneração. A ministra de Educação Maria Cândida Teixeira destacou a necessidade de investir no setor para o desenvolvimento da sociedade.
Isto deve ser uma constante na promoção do desenvolvimento sustentável.
Na reunião recomendou-se uma maior interação de empresas públicas e privadas no processo de formação técnico-profissional.
Igualmente se levantaram propostas para o aperfeiçoamento dos currículos, o sistema geral de avaliação e os projetos educativos das escolas.
Devem ser implementadas medidas para a inclusão, equidade, sustentabilidade, formação, financiamento, remuneração e gestão de carreiras, aconselharam os participantes.