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segunda-feira, 15 setembro, 2025

ALBA denuncia “ato de agressão” dos EUA contra navio venezuelano

O barco de pesca venezuelano “Carmen Rosa”. (Foto: Ministério das Relações Exteriores da Venezuela)

HispanTV – Os países da ALBA-TCP condenam o que chamam de “ato de agressão” dos EUA contra a tripulação de um navio de pesca venezuelano detido por oito horas.

Os dez países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA-TCP) condenaram neste domingo o que consideraram um “ato de agressão” dos Estados Unidos contra um navio pesqueiro venezuelano. Segundo o governo de Nicolás Maduro, a embarcação foi detida por “oito horas” por autoridades americanas “armadas” na última sexta-feira.

O ataque ocorreu na sexta-feira, 12 de setembro, quando o navio pesqueiro “Carmen Rosa”, tripulado por nove pescadores de atum, navegava 48 milhas náuticas a nordeste da Ilha La Blanquilla.

Em comunicado, Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Nevis, Granada e Santa Lúcia, membros deste bloco fundado em 2004, expressaram “profunda preocupação” com o “ato de agressão sem sentido contra nove pescadores que realizavam uma operação autorizada no coração da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) da Venezuela”.

A aliança chamou o ato de “irresponsável e provocativo” e declarou que ele “constitui uma violação flagrante do direito internacional e ameaça a paz, a segurança e a estabilidade” da região.

No comunicado divulgado, a ALBA-TCP exigiu “o cumprimento irrestrito do direito internacional consagrado na Carta das Nações Unidas e o pleno respeito à soberania e à integridade territorial da República Bolivariana da Venezuela”.

Por sua vez, os países-membros reafirmaram “seu compromisso inabalável de garantir que a região da América Latina e do Caribe permaneça uma zona de paz e exigem que os Estados Unidos se abstenham imediatamente de realizar atividades que coloquem em risco a paz e a segurança de nossa região”.

O bloco também expressou sua “total solidariedade aos trabalhadores agredidos” e reconheceu “o trabalho das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, que com firmeza e dignidade protegeram seus compatriotas minuto a minuto”.

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) alerta sobre as consequências do deslocamento militar dos EUA no Caribe, perto da Venezuela.

O documento está em linha com a declaração da 13ª Cúpula Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da ALBA-TCP, na qual os 10 países-membros da aliança rejeitaram o envio militar dos EUA para a América Latina e o Caribe e reafirmaram seu apoio a Maduro.

Os Estados Unidos mantêm oito navios militares equipados com mísseis e um submarino nuclear posicionados na costa venezuelana sob o pretexto de combater o narcotráfico, mas Maduro vê isso como uma tentativa de promover uma “mudança de regime” na Venezuela.

O governo Donald Trump acusa o presidente venezuelano de liderar o chamado “Cartel dos Sóis”, uma organização terrorista supostamente ligada ao narcotráfico designada pelos EUA. Esse foi o motivo da mobilização militar no Caribe e do aumento para US$ 50 milhões na recompensa por informações que levem à captura do líder chavista.

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