Por Mario Muñoz Lozano Moscou, (Prensa Latina) Apesar do impacto global causado pela Covid-19, a agressividade dos Estados Unidos contra Cuba aumentou, reconheceu hoje Lena Loshkina, coordenadora do Comitê de Combate ao bloqueio dos Estados Unidos a Cuba na Rússia.
No entanto, a agressividade dos círculos reacionários dos Estados Unidos contra a ilha não mudou, pelo contrário, disse o também membro da Sociedade Russa de Amizade com Cuba.
‘Só no ano passado foram implementadas mais de 50 medidas que apertam o bloqueio. Impedir o fornecimento de remédios, aparelhos de ventilação e outros meios médicos a Cuba são sanções desumanas e violentas em meio à pandemia’, disse.
Sobre o próximo debate nas Nações Unidas da resolução contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos a Cuba, adiado para maio pela Covid-19, Loshkina indicou que mais uma vez será uma demonstração da demanda unânime de seu levantamento.
Ele advertiu que há anos a grande maioria dos países exige o fim do bloqueio vergonhoso e sem sentido. Não há dúvida de que a votação de maio ocorrerá no mesmo palco, disse ele.
‘Sobretudo se levarmos em conta que em dias difíceis para o mundo, Cuba apresentou os maiores exemplos de humanismo e internacionalismo, prestando atendimento médico a cidadãos de mais de 50 países’, argumentou.
Loshkina comentou que o movimento para conceder o Prêmio Nobel da Paz ao Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastre e Epidemias Graves Henry Reeve ressoou em corações e conquistou apoio em todos os cinco continentes.
‘Acredito que poucos governos ousarão ir contra a vontade de seus povos’, frisou.
Questionada sobre o recente aumento das campanhas anticubanas, ela disse que esses grupos tinham suas esperanças associadas à reeleição de Trump, porém, com o triunfo de Joe Biden, temem que as relações de Washington com Havana possam melhorar.
‘Para ser honesto, não estou particularmente otimista. Acho que não são os presidentes que estão fazendo política nos Estados Unidos e no mundo, mas sim representantes da classe dominante’, disse o ativista russo.
‘Por outro lado, a inutilidade do bloqueio fica demonstrada com o tempo. Assim, veremos a segunda edição de uma tentativa de atingir os objetivos que o bloqueio não conseguiu resolver por outros meios, como tentou Barack Obama’.
No entanto, ele disse que os apelos para levantar o bloqueio a Cuba ressoam em toda parte, inclusive nos Estados Unidos, e ignorá-los é cada vez mais difícil.
Ele lembrou que em suas relações com Cuba as sanções aos cidadãos norte-americanos são as mais fortes e limitam seus direitos. São proibidos de viajar, hospedar-se em determinados hotéis, enviar remessas a parentes, manter relacionamento com eles, entre outras providências.
‘Portanto, não é de se estranhar que as ações das forças reacionárias anticubanas se intensificaram agora. Elas tentam por todos os meios evitar a normalização das relações entre os dois países’, advertiu Loshkina.
Disse que o mais doloroso e desagradável é que há traidores entre aqueles a quem a Revolução deu tudo. ‘A traição é sempre mais terrível do que os atos de inimigos declarados’, refletiu.
‘Mas a Revolução Cubana tem um voto de confiança do povo e há muitos amigos no mundo para repelir este golpe’, concluiu.